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Book signing com Cláudia Trevisan

Pra encerrar a semana de eventos (coisa rara na minha rotina!) fui à noite de autógrafos da autora Cláudia Trevisan, ontem, na Livraria Cultura.

Jornalista e correspondente na China para o Estado de S.Paulo, considero a Cláudia uma excelente escritora. Na minha opinião (e relembrando Aristóteles, Joaquim Aguiar e Antonio Candido), erudição não quer dizer texto hermético. Muita gente se esquece disso e confunde conhecimento com pedantismo. Não é o caso da Cláudia. Ainda mais que tive o privilégio de trabalhar pessoalmente com ela durante a produção do livro. Tarefa difícil e ingrata, visto que eu estava em SP, Brasil e ela estava na China! Apenas a logística foi ingrata, os emails trocados foram muitos e em nenhum momento, com trocas e destrocas, correções e inserções, perdemos a paciência uma com a outra. Foram muuuuitos emails trocados.

Nisso, acabei me afeiçoando ao seu estilo, sua inteligência, suas fotos lindamente tiradas. Ao longo de 4 meses de produção, eu fui vendo seu rebento crescer até a tomar a forma final de livro.

Ontem, ele ficou pronto e foi apresentado ao público. Antes disso, teve entrevista no Jô Soares. São vídeos divididos em cinco partes e vale a pena ver.

O Diego Jock, libriano fofo do Marketing da Contexto, tirou fotos. Devidamente postadas aqui + a dedicatória da Cláudia!


















Album signing com Zélia Duncan

Como prometido a mim mesma, eu e minha sis fomos ontem ao lançamento do novo cd da Zélia Duncan Pelo sabor do gesto. Com um pouco menos de pontualidade do que eu queria, cheguei na Livraria Cultura às 18h45. Considerando que saí do Alto da Lapa às 18h00, cheguei cedo. Encontrei com minha irmã e ficamos na fila esperando. Exatamente às 20h40, fomos atendidas por uma graciosa Zélia Duncan de chapéu, uma camiseta com a frase "It's never done" e simpaticíssima com cada uma das pessoas que estavam na fila (não foram muitas, calculo umas 300). Claro que até lá, eu fiquei observando as pessoas, a quantidade sempre admirável de sapatas e casais de sapatas -- umas disfarçadas, outras descaradas --, o que sempre me faz pôr em prática meu lado antropóloga-Crisão que quem me conhece, sabe como é sagaz e ligeiramente maldoso.

Enfim... quando chegou a nossa vez, eu estava ansiosa! Fui uma única vez ao show da Zélia há muitos anos atrás! Imagina. Abriu um clarão e eu entrei com os braços abertos (como se estivesse revendo a minha melhor amiga) e fui correndo abraçá-la. Enquanto a abracava, disse: "É um prazer poder te conhecer pessoalmente!". Ne
m lembrei da minha irmã. Achei estranho, mas achei que ela estivesse de lado, olhando, já que disse a ela que eu seria bem sagitariana. Ela falou que estava meio tímida (bem canceriana...). Disse para ela "deixe de ser boba, isso não é hora de ser tímida!". Enfim.

Peguei o encarte com a página devidamente escolhida e entreguei a ela. Perguntei se eram dela as belíssimas aquarelas que compunham o encarte todo. "Não... são de Brígida Baltar", respondeu ela sorrindo aquele sorrisão só dela.

Nisso (finalmente!) me toquei que minha irmã tava longe! Chamei ela! "Vem aqui!!!". E disse para a Zélia "Esta é minha irmã!" E ela respondeu: "Irmã tímida!" Enquanto isso, minha câmera, nas mãos de uma loira, apenas esperava a hora de bater a foto das três. Aliás, foi essa mesma loira que impediu a entrada de minha irmã que, educada e tímida, nem repeliu a loira. Ah se fosse comigo...

Minha irmã se aprochegou, abraçou a Zélia com bem menos efusão que eu. Aí fomos para o autógrafo: Cris e Tati. Eu fiquei vendo ela escreve
r. Nos arrumamos pra foto. RÁ: pus a mão na coxa dela, para me apoiar. Não tinha como evitar, né???.... Ao final, eu disse a Zélia: "E vc vai fazer um reality show igual à Isabella Taviani?" Ela deu uma sonora gargalhada e respondeu: "Nãooo só a Isabella mesmo!!" Eu respondi: "Eu vi o vídeo seu e da Isabella e adorei!!" Ela deu outra gargalhada e ela disse "A Isabella é louca!". Rimos e fomos, eu minha sis.

Foi fantástico, mas não tinha como não falar desse vídeo. As duas juntas são muito engraçadas.

Voltei para casa andando nas nuvens. Nessas horas penso que temos de valorizar nossos artistas -- os brasileiros que estão aqui -- pois eles podem realizar aquele sonho de fã de abraçar, rir e chorar. Nada contra os gringos (praticamente inalcançáveis), mas nenhum deles me deu as alegrias que Ana Carolina, Isabella Taviani e Zélia Duncan me proporcionaram até agora.

BTW, ainda tô ouvindo o CD. Uma graça... doce, leve.

Ode to my family

Ontem, voltando pra casa numa São Paulo chuventa a semana inteira, me ocorreu algo: eu quase nunca falo da minha família aqui e para ninguém. Fiquei com a pulga atrás da orelha.

Acho que como toda boa lésbica (e algumas devem viver este confronto até hoje), eu também senti e ainda sinto os efeitos de não ser uma "normal da sociedade", que tem filhos aos 30 anos, prestação de casa, carro na garagem... como tinha dito minha amiga Gabitchs no blog dela. Mas, dentre todos esses confrontos, eu trago boas lembranças de minha família e de minha infância. Tudo ainda é questão de ponto de vista e de como você lida com o que é inerente a você.

Da minha irmã, eu sempre vou me lembrar dos salgadinhos Ruffles e de quando ela mordeu meu olho, sendo uma bebezinha de meses, e quase me cegou. A gente não se dá muito bem, mas a gente se respeita e se gosta.

Do meu pai, vou sempre recordar das canções de ninar antes de dormir e de como é bom deixar a barriga sempre aquecida durante a noite, para não ter cólicas. E de como é bom gostar de desenhos e ser eclético em música. E de como nunca ser um pisciano em seus piores defeitos.

Da minha mãe, eu tenho as melhores recordações. Ela me ensinou a ser forte, independente e simpática -- características muito impossíveis para uma canceriana com ascendente em peixes e lua em leão. Eu sempre fui retraída e tímida e tinha vergonha da minha mãe com seu jeito sagitariano e espontâneo de ser.

Minha mãe me ensinou que devemos ser respeitados pelo que somos. A vocês confidencio que sempre sofri por ser japa. Imagina ser uma japa lésbica! Minha mãe, inconscientemente, me incutiu a regra de que você deve ser quem você é, fazer o que você gosta. Ser sempre alegre e acreditar.

Além do lance de repetir à exaustão que se não temos ninguém para nos ajudar, não devemos sentar e lamentar, mas sim correr atrás daquilo que é necessário. Isso vai desde trocar uma lâmpada a arranjar um emprego.

Hoje em dia, tenho muito de minha mãe em mim. E tenho muito orgulho dela. Mesmo que eu saiba que ela nunca leria este blogue, este post de hoje é, basicamente, uma homenagem a ela.

Zélia Duncan

Amanhã, Zélia Duncan na Livraria Cultura, em SP.

Deve estar meio muvucado, mas depois do David Lynch, eu encaro qualquer coisa.

Vejam o link! Eu estarei lá!

Processador 3.2

Estes dias eu tenho coberto as férias da Elaine, secretária editorial, de onde trabalho. Afora o volume infinito de tarefas simultâneas (às quais me dou bem, graças ao leão e gêmeos de meu mapa) meu cérebro e minha alma estão a mil. Confesso que não tô dando conta.

Aí, conversando com a minha filha, berrei: "Sim!!! Sou um processador 3.2!!!"

E vamo que vamo.

And so it is..

... just like you said it would be, life goes easy on me, most of the time.

Tanto do tanto que não consigo entender. Ultimamente, tenho tentado captar umas ideias que ficam pulando na minha mente, como se meu cérebro fosse uma ponte do rio que cai. Quando cai, viram posts neste blog ou viram poemas.

Nem comentei que já escrevi mais de 700 poemas desde 1994, que eu tenha registrado. Muitos disquetes, impressos e cds.

Desde 2008 eu parei de escrever, sabe quando você meio que sente que já disse tudo que deveria dizer? Pois é. Eu sinto que meus poemas já deram o que tinham de falar, agora estou partindo para prosa, meu sempre ponto fraco.

Tenho recebido elogios importantes de pessoas muito importantes que me conhecem desde a época de poeta. E é muito legal saber que posso me enveredar pelos caminhos da prosa com destreza e sensibilidade, bom humor e elegância, profundidade e uma certa prolixidade que eu -- sem qualquer modéstia -- tinha na poesia.

Ah! Dias estranhos! Venham! Estou de braços abertos para viver tudo que tiver de viver!!!

O que é póstumo e, ainda assim, eterno

Já estou vivendo com meus 32 anos.

Me lembro que desde os 18 eu queria ter 32 anos. Havia algo de mágico nessa idade, não sei. Eu sempre admirei as mulheres nessa faixa etária (a pior, porque é onde a mulher tem sua primeira crise brava!) e, inclusive, minhas três namoradas tinham 32 anos quando as conheci. Nada deve ser por acaso, mesmo.

Ainda estou de ressaca do finde passado. Quarta-feira fui ver a Nilce, sexta-feira fui ver a Bella, sábado fui estar com meus amigos. Domingo foi o dia mais tranquilo em que aproveitei para almoçarmos, eu e Jana, com Poliana e Rafael, meus amigos, no Nandemoyá, na Liberdade.

Aliás -- e ainda -- estou refletindo o finde. As pessoas que estiveram presentes, as que não estiveram. Fatos engraçados que ocorreram, como umas meninas de um grupo atrás da minha mesa apostarem quem era a minha namorada, já que estava com vários casais heteros, mas aparentemente sozinha.

Ultimamente, eu tenho acompanhado vários blogues lésbicos e alguns não-lésbicos. No finde que se foi, estive em ambientes lésbicos. Confesso que fiquei -- e ainda estou -- um pouco saturada.

Não, não vou dar uma de preconceituosa contra a minha própria espécie, mas existe algo entre as meninas lés que é irritante e limitado. Claro, a regra não é geral, e graças a Deus existem exceções. Porém, é nítido que, cada uma em seu contexto pessoal de vida, se encaixa em um determinado nível de aprendizado, de maturidade e de existência. Mas, porra... não foi sempre assim? Sim, foi sempre assim. A única -- e A diferença -- é que sempre fiz isso com o universo hétero e hey baby, welcome to the real world, as lés também são assim.

Acho que tem muitas coisas desse mundo L que preciso conhecer, para conhecer o ser humano. Conviver acho que já é demais, já que sempre me intitulei como a pertencente dos "sem-grupo". Nunca precisei estar num grupo para me sentir inserida na sociedade. Claro, muito pretensiosamente, sei que faço parte de vários grupos, mas sempre fico me esguiando e esquivando aqui e ali porque odeio rótulos.

Enfim, ainda vou escrever muita coisa para refletir o turbilhão que anda na minha cabeça. Só sei que o vento está soprando... e eu sinto que meus olhos andam vendo muito mais do que sempre viram. Meio assustador, mas delicioso.

Do finde - parte 2: Eu e meus amigos

Bom, nem só de Isabella Taviani foi meu finde. Como prato principal, tinha programado um encontro em um famoso bar lésbico de SP: Farol Madalena.

Aqui e agora devo confessar que havia uma imensa expectativa da minha parte para este encontro, afinal, eu tinha tomado uma decisão importantíssima para este exato momento da minha vida: ser eu mesma -- mais ainda do que sempre fui!!!

Anos atrás, tinha lido uma frase de Jon Bon Jovi, um de meus ídolos maiores, que dizia o seguinte: "I know who I am, I know where I fit in. I feel comfortable in my own skin." Para os que não tiverem entendido, diz: "Eu sei quem sou, eu sei aonde me encaixo. Eu me sinto confortável em ser quem sou."

Essa frase nunca mais saiu da minha cabeça. Ela praticamente se tornou meu mantra durante muitos meses

Aos que consideraram o autor da frase brega ou a frase semi-brega, eu digo: ela retrata uma verdade simples que a grande e imensa maioria de nós não é e não vive: não somos nós mesmos.

Por isso, o sábado do dia 18 de julho foi importante, histórico e megassignificativo para mim. E nada como viver isso no dia mais importante da minha vida: meu aniversário, que também é meu Ano Novo.

Eu e Jana -- minha namorada -- pudemos estar ao lado de todos os meus amigos, héteros e lésbicas. Eu imaginei que alguns homens heteros pudessem ficar constrangidos, mas o resultado foi surpreendente. E foi muito bom!

Foi uma noite extensa (eu abri a casa...) até sair de lá, depois da 1h da manhã. Gastei horrores, me diverti muito e ganhei muitos presentes. O maior de todos: a presença daqueles que realmente queriam estar lá para compartilhar daquele momento comigo.

Assim, gostaria de prestar uma pequena homenagem nominal aos presentes:

Poliana e Rafael, Renata Assunção e seu namorado, Priscila Mota e Alberto, Carol Ser-do-mal e seu namorido, Sharlene e Vilma, Lari e Lu, Regiane, Quel e Eli Usui. Vocês todos foram incríveis, me encheram de orgulho e alegria.

Mais incrível ainda foi -- no meio de minha mania astrológica (unindo eu, Lari e Poliana) -- detectar no meio da noite o perfil astrológico dos visitantes. Dos 17 presentes, haviam 9 signos de terra (2 virgem, 3 touro e 4 capricórnio); 5 signos de água (1 peixes, 1 escorpião e 3 câncer); 2 signos de ar (1 libra e 1 aquário) e 1 signo de fogo (leão, mas que com ascendente em virgem...).

Aos que puderam estar presentes, muitos mojitos e shimejis na manteiga. Aos ausentes, sei exatamente quem de fato não pôde estar presente e quem simplesmente sequer se manifestou. Ao contrário da reação clássica que eu teria anos atrás e que a maior parte de vocês já conhecem, eu não surtei, não berrei, não execrei ninguém. Quem possui fidelidade, simplesmente é leal. Quem não é, fala muito e faz pouco ou quase nada. A vida nos mostra isso.

Que apenas esteja ao meu lado quem quiser estar. Eu me adoro e meus amigos, idem. Quem não quiser... see you in a next life.

Do finde - parte 1: Eu e Bella Taviani

O finde foi longo, praticamente nem dormi. Mas foi muito aproveitado em cada segundo... Como aconteceram muitas coisas, vou dividir em duas partes. Esta, primeira, trata do show da Isabella Taviani. O show foi na boate The L Club. Várias coisas envolviam o show: minha primeira ida a uma balada lésbica mesmo e meu primeiro show da Isa. Tudo às vésperas -- literalmente -- do meu b-day. Isabella Taviani é incrível, sem maiores comentários. Não conheci e acho que não terei o privilégio tão cedo de conhecer uma artista como ela. De um carisma incomparável, ela cantou e se esgoelou para dar um mínimo de vazão a uma casa noturna sem estrutura nenhuma para abrigar shows. Deveria ter sido um pocket acústico e não caixas acústicas de baixa qualidade. Whatever.

Não vou me lembrar do setlist, mas ela cantou a minha música favorita: O último anjo. Pena que com o som péssimo os vocais -- que são tudo nessa música -- praticamente sumiram com o coro das 1.000 mulheres que deveriam estar lá. Ainda teve uma música inédita: Meu coração não quer viver batendo devagar.

Ela desafinou. Infelizmente... mas diga, quem não desafina diante de um cubículo com 1.000 pessoas fumando. Quer dizer, 999 porque eu não fumei
! Uma amiga do Leskut foi ao show e achou que era gelo seco.... pfff. Era puro cigarro. Que horror!

Odiei isso. Eu sou ex-fumante e em breve vou postar sobre cigarro. Deve ser totalmente proibido em situações como essa! Mas, isso é um
detalhe.


1h40 de show, quase duas da manhã e eu ansiosa para o camarim. Tinha levado encarte de CD, caneta, máquina fotográfica com bateria... cabou o show, esperei a muvuca dispersar. Fui lá perto dos negões de 2m de altura e esperei. Nada. Ninguém tinha se manifestado, apenas eu. Cheguei num e perguntei: "A cantora vai atender alguém?" Ele diz: "Não sei, acho que não." Fiz cara de gatinho do Shrek e disse: "É meu aniversário, eu queria tirar uma foto com ela." Ele foi muito gentil, chamou o outro ´negão chefe´e cochichou algo. Fui lá falar para ele: "Hoje é meu aniversário, queria poder falar com a cantora." Ele disse, muito educado: "Olha, vou lá tentar, mas se vc conseguir, vai ser a primeira!".

Ao ouvir isso, fiquei brochada, sentença praticamente pronta. Mas, esperança é sempre esperança. Esperei e ele voltou dizendo que não. Fiz mais carinha de gato do Shrek e ele disse que sentia muito, mas ela não ia receber ninguém.

De carinha de gatinho a cara de bunda foi um segundo. Fiquei triste. E fui embora correndo daquele lugar para começar minha desintoxicação de 3 maços de cigarro!

Depois, fui com minha filha Poliana e o Rafa pro Fran's da Benedito Calixto tomar um Franccino muito gelado!

Fiquei com isso na cabeça, pensando em como tive má sorte.

Ontem, resolvi twittar para ela, dizendo que deveria ter ganhado meu presente e que tinha ficado muito triste... disse: @isabellataviani Bella! obrigada pelo show maravilhoso, msm com som ruim. Eu bem tentei hanhar meu abraço, mas n consegui... ainda vou conseguir meu presente de aniversário com atraso! Eu merecia! chuif... beijos!

Meu presentinho chegou. A Bella respondeu: @Crisantemus desculpe, mas era impossivel atender naquela situação. Feliz aniversário.

Valeu! Até
o show no Citibank hall e no Canecão!















As fotos a seguir são de autoria de Moema de Andrade, que estava lá e é fotógrafa... ao menos ela estava mais perto do que eu...














Warming up - Isabella Taviani

Sexta-feira vou ao meu primeiro show da Bella. A ficha não caiu ainda. Não sei como me sentirei ao vê-la ao vivo, escutando sua bela voz...

Enquanto essa ficha não cai, vou jogando as outras na minha jukebox que hoje e amanhã vai somente tocar Isabella Taviani. Aqui, elenco as 10 que espero que estejam nesse pocketshow. De quebra, são as minhas favoritas...

01 - Luxúria
02 - O farol
03 - Castelo de farsa
04 - O último anjo
05 - Diga sim
06 - Ivete
07 - Canção para um grande amor
08 - Digitais
09 - Iguais
10 - Quero mais é te perder

Estreia aguardada



















Nada de Harry Potter, sobre o qual nada tenho contra, muito pelo contrário. Mas pegar sessão às 03h00 para ver filme... nem se tivesse sido Matrix - Reloaded e Revolutions, para os quais faltei ao trabalho e comprei dois ingressos sequenciais na primeira sessão da pré-estreia.


O filme que vale é Anticristo, de Lars von Trier, com estreia prévia para 28 de agosto. Vai valer cada centavo... Veja o trailer. Tomara que rode completo, sem cortes moralistas.

A melhor hora do dia

São 16h11 de uma tarde de inverno nublada e fria na capital de SP. E estou comendo pãozinho de milho com café preto. Maravilha.

O melhor será sempre o mais simples.

Obviamente obscuro

Todo mundo já sabe que é do convívio com outros seres humanos que tiramos as lições mais valiosas para a nossa própria vida.

Não vou entrar no mérito de elencar antropologicamente motivos n para explicar as coisas que vivi, as teorias que aprendi e compartilhei ou as mancadas que já dei. O fato é que vira e mexe, eu tenho alguns cenários assoladores e soberbos diante de mim.

Tem algo que eu tenho muita dificuldade de entender: a teimosia humana. Claro, foi pela nossa teimosia que sobrevivemos a tudo que sobrevivemos e estamos onde hoje estamos. Do homem neandertal ao caos pós-guerra do Iraque. Mas, ajustando a lente do microscópio, é nos micronúcleos de nossa convivência mais íntima que descobrimos pérolas dantescamente magníficas.

A partir desses micronúcleos, podemos estender a interpretação para onde o raio conseguir atingir sua amplitude. Isso deve ser o inconsciente coletivo de que falava Jung (em interpretação minha, claro).

Se tudo é uma questão de escolha, por que nossa teimosia -- e não a nossa liberdade -- faz com quem sempre façamos as piores escolhas?

Se já sabemos previamente pela experiência alheia que determinada escolha é furada, por que ainda assim continuamos escolhendo as piores escolhas?

Se depois de tudo que escrevi acima, por que o desolador cenário de fracassos invariavelmente se prostra na minha frente?

Estou numa fase egoísta. E, egoisticamente, falarei que eu preciso aprender com esse horizonte de visão que se alarga diante de meus olhos de quase 32 anos de vida.

De tempos em tempos eu cruzo -- às vezes com as mesmas pessoas, o que é mais desolador ainda --, com perfis que me fazem refletir muito sobre questões como compaixão e auto-indulgência. Até quando ajudar alguém será um ato compassivo e até quando vc não estará se flagelando pensando estar ajudando alguém?

Posso resumir tudo isso numa única frase: as pessoas não têm mais moral. Não têm mais caráter. Na nossa sociedade consumista, tudo é instantâneo e tudo é descartável. As pessoas tornaram-se objetos desprezíveis, porque sempre tem alguém para tampar o buraco. E não ter mais moral não significa cair na concepção básica de certo e errado. Para mim, significa lealdade. As pessoas não são mais leais porque elas não são leais com elas mesmas. Porque esse conceito se perdeu em meio a fanatismo e maniqueísmo.

Nossos relacionamentos são desprezíveis. Nossa vida é desprezível. Nosso trabalho e a nossa rotina são desprezíveis. Em meio à descartabilidade do ser humano, existimos. Quem consegue ser fiel e leal a si mesmo? Como não sucumbir à essa imensa energia que leva a todos como um tsunami disfarçado de "comportamento da moda"?

Por isso tenho orgulho dos meus relacionamentos. Daqueles que construí desde 2004 e essas pessoas sabem quem são na minha vida. Tenho orgulho de poder ter amigos com quem contar e amigos que sabem ser amigos. Toda definição de algo complexo é sempre limitada, então não quero encerrar tamanha complexidade nestas poucas linhas, mas digo: eu sei quem está ao meu lado e porquê. E eu sei quem fica ao meu lado sem saber, ficando por ficar.

O resto é resto. E fica no óbvio escuro daquelas pessoas que um dia vão saber porque estão lá, mesmo sem saberem que estão.

Réquiem para Nelson




















Minha amiga NilceR é atriz. Quer dizer, precisa de um trabalho burocrático, mas nasceu para a Arte, está em todos os poros de seu corpo.

Sempre a incentivei a buscar alternativas de pôr seus sonhos em prática e eis que a menina vai apresentar uma peça!

Convido quem quiser ir comigo, na quarta, às 21h00. O link do site está aqui. O valor é R$12/inteira e R$6/meia. Fica a três quadras do metrô Marechal.

Por enquanto, vou sozinha na quarta. Quem quiser me acompanhar, será muito bem-vindo!

Changing the tide

Minha última semana de inferno astral + tpm + 32 anos... não vejo a hora disso tudo passar!

Em tempo: ganhei presente! Vejam aqui.

É só disso que preciso!

These are the days of our lives















Ontem, véspera de feriado, demorei uma eternidade para chegar em casa. O caos de SP. Mas fui agraciada com esta bela lua cheia que captei com o máximo de zoom que minha modesta câmera conseguiu.
















Quando acordei pro trampo (vim trabalhar hoje e folgar amanhã), dei de cara com este belo amanhecer... a natureza é de fato a única coisa que nos salva e inspira nesses dias de rotina mecânica e quase cega.
















E a mesma lua de ontem ainda não tinha se posto...


Here we go again!

Warm up

Então... vou ao show da Bella.

Vou a uma boate lés, como nunca tinha ido antes. Sim... caro/a leitor/a deste blog. Nunca fui da vida noturna, embora eu adooore esta música...
I love the nightlife.

Portanto, quem tiver pique (ainda vou virar a noite para pegar a carioca logo cedo) pode me acompanhar noite adentro. Aviso:
vou tietar e muito a Bella. Quero autógrafo, foto, abraço e beijo. No rosto.

Let's go!

Vamos comemorar meu aniversário!










Ca
r@s amig@s,

após o pré-convite, estou oficialmente convidando todos para comemorar as 32 velas do meu bolo! Esta será uma data muito especial para mim, pois além de comemorar a data mais importante da minha vida, estarei fazendo isso de maneira totalmente integrada e sincera, com todas as pessoas do meu círculo de convívio! Muitos de vocês me acompanham há pelo menos dois anos. Alguns, quase oito anos! (né, Dê?) Por isso, queria esclarecer que não ficarei ressentida de jeito nenhum se a pessoa disser que vinha e não pôde mais, ou se a pessoa educamente disser que irá e não vier. E, sendo mais sincera ainda, o que importante é comemorar! É só o que importa.

Anotem:

FAROL MADALENA
: http://www.farolmadalena.com.br

18/07
19h00
entrada: R$7,00


Trata-se de um dos mais famosos bares lésbicos de SP. Para quem nunca foi, é muitíssimo bem visitado, requintado e aconchegante. Vai rolar MPB. No cardápio, tem o famoso shitake na manteiga, além de muitas novidades que acabei de ver e estou curiosa para conhecer!

Estaremos reunidos, eu + minha namorada + todos os meus amigos que mesmo com tudo, ainda estão aqui para dizerem que são meus amigos.

Adorarei a visita.

Meu conselho para este hoje!

Princesa de Paus

Lutando pelos sonhos

A Princesa de Paus emerge do Tarot como arcano conselheiro para este momento de sua vida, Cristiane. Trata-se de um momento de tomar consciência dos seus sonhos e objetivos, direcionando-se para eles. Você terá diversas tentações de se sentar e ficar esperando que as coisas aconteçam por si só. Não se permita a isso, mova-se, Cristiane! A Princesa de Paus é a imagem dos primeiros lampejos de idéias, amores ou projetos. Você sentirá a inércia e o tédio se evadindo de sua existência e finalmente imprimirá movimento à sua vida. Muitas águas hão de rolar e este é apenas o processo inicial de uma provável aventura muito gostosa. Lance-se sem medo! Quanto mais coragem, mais resultados! Mesmo que você ouça “não”, a negativa será apenas inicial.

Conselho: Arrisque-se!

Strawberry fields forever















Faz quase um mês que eu tô numa eterna fase de morangos.


Eu adoro frutas de cores quentes em geral, como acerolas, mamões, mangas e todas as famílias das berries.

Mas, mulher de fases como sou, ando numa tremenda fase de morangos. Ainda bem que os mercados têm saciado meu desejo. Porém, pior que isso, é querer tudo de morango: iogurtes, sucos, biscoitos integrais, mupys, chicletes trident e sorvetes.

Eis que hoje fui ao mercadinho na hora do almoço comprar uma sobremesa de morango: voltei com um Dupli da Paulista e um suco SuFresh a tiracolo. Lendo a embalagem (adoro ler embalagens!) do Dupli, está escrito: "BEBIDA LÁCTEA NÃO É IOGURTE". Na frente do pote está escrito: "Bebida láctea fermentada com polpa de fruta". O que isso quer dizer, alguém pode me dizer?!

Será que a "bebida láctea" é feita com restos mortais de leite (leite em pó, creme de leite, leite condensado, leite longa vida)? Ou é uma outra modalidade que eu desconhecia até então?!

Somebody, please help!

Cariocas vs. Paulistas

E vamos falar de preconceito...

No geral, os preconceitos -- como todo bom preconceito -- é sempre uma forma irracional de o ser humano lidar com aquilo que não conhece e não tem a mínima ideia do que dizer ou pensar. Ou, também, pode ser a forma de negar o que, intimamente, lhe apraz. Ou apenas a mais grotesca forma de se integrar em um grupo, já que os seres humanos não são capazes de viverem isolados.

Por isso, sempre ouvimos as frases-chavão que ecoam em todos os segmentos possíveis para ilustrar um preconceito. Eu mesma sou preconceituosa em dizer que odeio andar em grupos, sejam eles quais forem.

Mas, voltando à questão, já que a minha namorada é carioca, e aos menos duas vezes por mês eu aporto na cidade maravilhosa, eu descobri algo: os cariocas são simpaticíssimos! Povo sempre alegre -- às vezes, irritantemente demais -- mas eles moram perto da praia. Podem se dar o luxo de sair do trabalho às 17h30 e estar na beira da praia tomando uma cerveja 0ºC às 17h45. Outros menos afortunados levarão 30 minutos até a praia mais próxima. Quem não gostar de praia, pode olhar pro Pão de Açúcar ou pra Ponte Rio-Niterói em um fim de tarde de arrancar lágrimas dos olhos. A Baía de Guanabara, mesmo podre, fica linda pintada de dourado em um entardecer.

Os paulistanos pegam metrô lotado e vivem cercados em uma selva de pedra. Marginais paradas, avenidas entupidas de gente solitária dentro dos seus carros com janelas fechadas para evitar assaltos. Vão pra calçada tomar cerveja, cercado de pivetes pedindo dinheiro. Ou vão pra shoppings ver a estreia de um filme e ficar zanzando dentro de um cubículo de cimento.

CLARO e EVIDENTE que se tratam de dois universos amplamente distintos. Mas, quando se fala mal de carioca, pensa-se naquela pessoa folgada, vagabunda que só gosta de tirar vantagem. Porra, isso temos em qualquer lugar! Até travestido de paulistano. E os paulistanos são vistos como antipáticos, mal-humorados e cricris.

Eu concluí que só pode ser influência direta do contexto da paisagem. Porém, seria ingenuidade minha resumir a conclusão a isso. Como não quero concluir tudo, nem me dou a prepotência para, eu apenas exponho o que vi. E como cidadã semirradicada no Rio, posso falar com a propriedade de quem visita o Rio (ao mínimo duas vezes por mês), há mais de um ano e mora em SP desde 1977.

Eu adoro os cariocas, mesmo folgados. Pois eles sempre estão sorrindo e sempre se dispõem a ajudar sem fazer cara feia, por achar que vai ser assaltado. São solícitos. E estão sempre de bom humor.

Para finalizar, vou contar um causo: um dia estava indo pra rodoviária, de madrugada ainda, pegar o buso para voltar para SP. Tava numa van (aqui conhecida como lotação) , escuro, todo mundo cabisbaixo, dormindo. Tinha um único lugar sobrando, na frente. Quando a pessoa entrou, ela disse: "bom dia!". Todo mundo, em uníssono e bom tom, respondeu "bom dia!". Eu não disse "bom dia!" para essa pessoa! E eu nunca tinha visto isso na minha vida! Aqui, mal nos cumprimentamos e, quando o fazemos, nem nos damos o trabalho de responder, porque o nosso mau humor justifica a falta de educação.

O que me diz?