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Meu amor por David Lynch

Eu tenho uma admiração por este cineasta que traspassa fronteiras. O que temos em comum? O gosto pelo não-convencional.

Mas, claro, ele é David Lynch, capricorniano maluco, cheio de curtas nada convencionais e longas menos convencionais em grau mais elevado.

Muitos dizem não entendê-lo. Outros apenas o classificam como insano. Enquanto outros riem desistindo de qualquer tentativa de tentar entender, eu apenas penso que ele não deixa de ser um cineasta como todos os outros. Tudo é ponto de vista e visão. A matéria bruta é sempre a mesma. Veja, por exemplo, em Mulholland dr., meu filme favorito: é uma história de amor. Ele mesmo tinha dito isso em entrevistas. O que pode parecer simplório, na verdade, é a primeira compreensão que devemos ter dele.

Agora, o modo como ele vai mostrar uma simples história de amor é que o torna David Lynch. E eu adoro o modo como ele brinca com o onírico, o esotérico, o fantástico e o inconsciente. Farpas que todo mundo costuma fugir. Não somos quase aqueles que gostam da superfície? Como ele mesmo diz em seu livro, você pode pegar peixes em qualquer profundidade, mas será apenas aqueles pescados nas águas mais profundas é que surpreenderão você.

Fora isso, Mr. Lynch é adepto da Meditação Transcendental, motivo que o fez visitar o Brasil no fim do ano passado. Fiquei um dia inteiro para assistir aos 40 minutos de um homem de cabelos grisalhos que tinha feito o meu filme número 1. Parecia surreal. Mas é exatamente nessa hora que você compreende que ele continua sendo apenas um homem como outro qualquer, que fez as escolhas que fez.

Quando fui assistir a Inland Empire na Mostra Internacional de 2007, repleta de expectativas de um filme que demorou a chegar no Brasil, não sabia mesmo o que esperar. Apenas sabia que ele tinha rompido com todas as regras do cinema, ao "destruir" o roteiro.  Peguei fila. Aguentei os falsos intelectuais lotando a sala. Sentei na minha sagrada primeira fila. Assisti com delírio as pessoas se levantando e saindo da sala após os primeiros 40 minutos de filme. David Lynch não é para todos.

E não digo isso com a alegria de ser elitista, muito pelo contrário. Digo isso, porque como sempre afirmo a quem me conhece: estamos em níveis, querendo ou não. Os que saíram da sala naquele dia queriam pegar peixes na superfície rasa. E David Lynch requer coragem para olhar bem mais além.

Dos clássicos de Lynch, nunca vi o Eraserhead e o Lost Highway. Que vergonha. Eu até tenho trilha sonora do Lost highway, mas nunca vi o filme. Bem, decidi que escreverei uns posts falando sobre alguns dos principais filmes de David Lynch.

Estes dias revi (pela vigésima vez, por aí) Mulholland dr. com a paixão da primeira vez. E cada vez que vejo este filme vejo a perfeição materializada. É um fillme perfeito, com timing perfeito, atores perfeitos, roteiro perfeito.

Dois filmes novos

Recentemente, vi dois filmes novos (na verdade, ando vendo uma penca deles -- menos os da Mostra deste ano) e acho que vale o comentário deles aqui.

Primeiro: Presságio (Knowing).
Tudo bem que as traduções para o português nunca ajudam e o dever comercial acima de tudo é mais importante que um nome adequado.
Detalhes técnicos do filme podem ser vistos aqui.
O que gostei deste filme? As cenas de desastres. Absurdamente fantásticas. Fiquei imaginando uma sala UCI, com a maior tela possível. Eu teria chorado de emoção. Depois, gostei do fim que, obviamente, não falarei aqui, mas foi fantástico. Quase exatamente como queria que fosse.

Segundo: Distrito 9 (District 9).
Que belo filme de ficção científica! A beleza da realidade nua e crua, enredada num roteiro bem conduzido me surpreenderam. Não existem motivos de explicar o que é a raça humana, nós já sabemos. Não precisa explicar nossas ações mais rudes, brutas e guturais. Já sabemos. Sem maniqueísmos, o filme com produção carimbada de Peter Jackson é uma excelente forma de lembrarmos quem realmente somos -- ainda mais com alienígenas entre nós. Mais informações no site oficial.

Masturbação feminina no cinema

Um dia, me peguei pensando na temática do título acima: "masturbação feminina no cinema". Pois que parece ser um certo tabu entre cineastas mostrar uma mulher em seu momento mais íntimo, ou será apenas ideia minha?

Não sei. Mas resolvi consultar algumas amigas minhas bastante cinéfilas de todos os segmentos: Sharlene, Denise e Poliana. Consultei algumas outras pessoas também. Fiz algumas pesquisas... mas não digite isso no Google porque só sai pornografia ou venda de dvd erótico.

Bom, eis que após algum trabalho, reuni os quatro filmes. Se algum leitor meu se lembrar de algum e quiser adicionar... faz favor.

Alguns links de pesquisa em inglês precisam ser mencionados. Mas muitos filmes ou eu não vi, ou tratam de masturbação masculina, o que não é o caso aqui. Vejam este blogue com o post "10 best masturbation scenes". Também em Screen Junkies.

Eu não citei nenhum filme brasileiro, mas acredito que a gente deva ter algum representante. Quem souber, por favor, se manifeste. Aqui a seleção e a ordem são aleatórias. Tentei criar uma classificação, mas não fui muito feliz, então, segue a lista:

Cidade dos sonhos (Mulholland dr., 2006, David Lynch)
David Lynch não satisfeito em lançar homens do saco, duendes e velhinhos neuróticos, jogou uma das cenas mais ácidas do cinema, na minha opinião. Bem, este é o meu filme eternamente número 1 da minha lista, então sou suspeita. Quem não conferiu, confira: Mulholland dr. é uma obra-prima, na minha humilde opinião.
Naomi Watts, no papel de Diane Selwyn, protagoniza uma cena de masturbação que pode ser interpretada de várias formas: desespero, angústia, solidão, dor. Ela não quer sentir prazer, mas expurgar sua própria dor. A cena é muito bem feita e dá um soco no estômago do espectador.
A atriz deu esta entrevista que vocês podem ler neste link: e eu destaco o trecho seguinte -- 'To do the scene, Watts describes her character at this point as "being full of self-loathing when she couldn't get out of a horrible, deep, dark psychosis. David wanted quite a specific thing in that masturbation scene, even though I kept on weeping and falling to pieces, because I just felt so embarrassed and humiliated. He didn't want me to EMOTE too much, but he wanted me to be reaching for her, reaching in a desperate way to get back to a place where we were at before." '

9 e 1/2 semanas de amor (9 1/2 weeks, 1986, Adrian Lyne)
Diferentemente do primeiro filme, este guardadas as devidas comparações, trata da psique humana em relacionamentos doentios. Adrian gosta deste tema, como tratou neste filme e em Atração Fatal.
Quem se lembra, Kim Basinger, enquanto estava doida pelo personagem de Mickey Rourke, aproveita um momento de tesão e protagoniza uma bela cena de masturbação -- a única desta lista que separei -- em que o sexo está quase que totalmente dissociado de alguma dor ou patologia.

A casa dos horrores (Madhouse, 2004, William Butler)
O filme é uma mistura de suspense com terror psicológico. Uns odeiam, outros amam. Eu adorei este filme. Passa-se dentro de um hospital psiquiátrico decadente onde os pacientes passam seu tempo, sem cuidados e tratamentos específicos (tema meio comum, quando se trata de filmes sobre manicômios ou coisas do gênero).
A cena é bem rápida e específica de uma internada, com problema de ninfomania e viciada em sexo, precisa ficar se masturbando o tempo todo. Incômodo, desconcertante e interessante.

Anticristo (Antichrist, 2009, Lars von Trier)
Este filme dispensa comentários, assim como Mulholland dr. Mas preciso citá-lo, porque Charlotte Gainsburg protagoniza uma cena muito parecida com a de Naomi Watts em termos da essência da cena. Os motivos são diferentes. Mas o núcleo é o mesmo.
Já disse que vejo muita semelhança neste filme do von Trier e do pensamento de David Lynch, pode ser loucura minha, mas os dois cineastas pegaram o mesmo núcleo apenas para trabalhá-lo de forma diferente.

Não escrevi nem escreverei um post falando sobre masturbação masculina porque frequentemente ela é associada à comédia. É fácil e legal tirar sarro de um cara que bate uma punhetinha e é ridicularizado pelos amigos, ou pego em flagrante, ou qualquer outra cena que gere uma piada - em geral, sem graça.

Já a masturbação feminina é tratada até com um certo rigor. Não precisa descambar para a pornografia e ainda bem que desconheço algum filme que tenha feito isso. Mas pelos poucos exemplos que citei acima, dá para perceber que a superfície é a camada menos usada na interpretação.

This is where I am now...





Goodfellas

Here it is: Sharlene and Lari at dinner with me in one of my favourites restaurants at Liberdade - Rong He.

That was an amazing day: me getting together with two taurus. I love being among these earth elements...

Hope u guys like this!

Uma pequena palavra

Eu tenho certeza de que muita gente pensa que me conhece. E até sei que algumas pessoas me conhecem bem. Para algumas pessoas, eu me permito que me conheçam. Para outras, eu deixo que elas pensam que me conhecem.

Bem, não sei em qual categoria vc, meu leitor, se encaixa, e nem pretensiosamente saberia dizer se vc quer se encaixar em alguma categoria. Eu sei que blogue é algo mesmo megalomaníaco, que expõe demais a sua vida pessoal. Mas, pra todos os riscos, existem as escolhas. E eu assumo cada uma delas.

O que eu digo: àqueles que pensam que me conhecem, não conhecem. Àqueles que acham que não têm mais nada a conhecer, estão sendo absurdamente pretensiosos. Ninguém se conhece suficiente. Nunca. E se vc pensa que conhece alguém, pode até saber seu modus operandi, mas assim como existe aquela regra do psicopata, vc pode saber como ele mata, mas nunca vai saber o que se passa na cabeça dele no momento de cada morte. Nunca.

Meus queridos: não me julguem pelo passado, nem pelo presente, muito menos tentem prever meu futuro. Cada um cuida de sua vida como pode, é o mínimo que devemos fazer. Se existem algumas pessoas para quem eu passaria o bastão de "me conhecem", certamente seria a velha tríade: Poliana, Denise e Sharlene.

Boa noite e boa sorte!
(e ah... como foi bom falar isso!)

Um tópico sobre a vaidade humana

Somos vaidosos. Me liste um ser humano que não tenha sido minimamente vaidoso. Pegando na batata quente, até mesmo Jesus foi vaidoso para poder cumprir com sua missão, mesmo que tenha sido em nome de Deus.

Eu, agora, devo confessar que a última coisa que me vem à cabeça é vaidade, principalmente profissional. Preto no branco, sei exatamente todas as minhas qualidades. Bem... devo dizer que acho que estou na melhor fase da minha autoestima! Um viva aos 30 anos!

Agora estando de férias e longe do contato direto com muitos seres humanos (absolutamente nada contra eles, mas nessas horas me mostro a antissocial) eu sei que tudo ainda é disputa por ego, quem é melhor, quem é pior, quem escreve melhor, quem é superficial ou quem é profundo. Puá!

Tudo são meandros do mesmo, já dizia o Caibalion. Se vc, meu leitor, não sabe o que é e tiver afim, vai pesquisar a respeito, o livro custa R$11 na Livraria Cultura. Os que se gabam de serem um perfil, não são nada. Os que se gabam de defenderem algo, nada defendem. O que quero dizer? Não há extremismos, os extremos são vaidosos e vazios de sentido pleno.

Boas férias para mim!

Planos de férias...

é tão bom ter a alegria de pobre e não acordar mais às 05h00 da matina, mas acordar na hora em que quiser... bisoiar da cama e pensar "quê fazer?"...

Acho que vai rolar uma revisão de astrologia -- minha primeira!!! -- e estou mega, mega, megafeliz!

Tô pensando em dar uma de rata da Mostra Internacional e pegar alguns filmes. Pegar tb sessões das 13h00, sozinha, eu e a sala gigante. Alugar a 4ª e a 5ª temporada de Lost, que esqueci de tanto tempo que faz.

E pensar que minha alegria de pobre deve ser vivida ao máximo, como se fosse morrer no primeiro dia que voltar ao trabalho. Ops, é isso mesmo que vai acabar acontecendo!

Profissão: O PILHADOR

Cabei de descobrir uma função masoquista que alguns gostam de cumprir: O PILHADOR.

Trata-se daquela pessoa que pensa que detém o controle de tudo, mas tamanha a sua ansiedade por tudo que não podemos controlar -- por mais forte que seja seu desejo -- têm a necessidade única e intrínseca de pressionar os outros - e não a de trazer uma solução.

Como não posso exterminar os pilhadores, despeço-me deles, because today is my last day on job! Não me aguento de alegria. Pena que a alegria de pobre é derradeira e sempre nessas horas. Não me rogo: sou paupéééérrima!

A indústria do cigarro...

Cabei de pegar na Folha de S.Paulo esta nova exposição na Livraria Cultura/Conjunto Nacional.

De grátis ninguém pode reclamar. Vale conferir ainda mais depois de ver anúncios como o deste post.



Toy Story 3

Curiosa!

Pelo trailer, percebi que decidiram abordar a vida dos brinquedos depois que o Andy cresceu. Eles sempre tiveram medo de serem jogados fora ou abandonados... E, pelo que percebi, parece que a Pixar conseguiu pano para desenvolver a história.

Vejam a matéria aqui e o trailer oficial.

*** Em tempo: quem coleciona dvds pode aproveitar que recentemente relançaram vários sucessos da Pixar em versões com dvd duplo e dvd único. Carros, Monstros SA, Toy Story, Os incríveis (comprei ontem!), Vida de inseto estão disponíveis por apenas R$12,90 (na edição simples). Vale a pena.

Escombros e Caprichos

***bem gaaaaay*** para demonstrar minha alegria: contagem regressiva para as minhas férias!!!

Genteeeem, twitter é bom demais! Para quem gosta de saber do mercado livreiro, Publish News é uma ótima ferramenta. Seguindo eles no twitter e lendo os tuíts, participei de promoção em que eles sorteiam livros. Basta apenas dar um RT no tuít específico. Fiz isso correndo na sexta, véspera de feriado prolongado.

Fiquei sabendo agora que ganhei a promoção! Eeeeee... Escombros e Caprichos, uma coletânea de contos alemães traduzidos para o português por Marcelo Backes. Quatrocentas páginas que tentarei ler integralmente em minhas férias.

33ª Mostra Internacional de Cinema


Acho que vou pegar algo... tem dois anos que desisti dos falsos intelectuais. Mas, acho que vale a pena pegar umas filmes bizarros que só essas mostram apresentam!

Vou tentar aproveitar minhas férias que coincidirão. Já pensou seis horas numa sala de cinema ao lado da minha filha? Momento único! Vamos ver.

Olha que fofo o cartaz deste ano, criado pelos Os Gêmeos.

Yoani Sánchez

A editora onde trabalho está lançando no mercado um livro chamado De Cuba, com carinho, da autora Yoani Sánchez.

No blogue oficial da editora, tem variadas infos, incluindo uma petição para tentar trazer a autora até o Brasil, porque, por incrível que possa parecer, ela está proibida de sair de Cuba, onde mora.

O livro está com um ótimo preço e vale a pena comprar e ler. Enquanto produzia o livro, lembro de um de seus posts que dizia que para poder se internar em um hospital, vc precisa levar tudo, incluindo agulha, linha, travesseiro, lençol e desinfetante pro banheiro. Dá pra imaginar a Cuba de Fidel assim? Pois é.

Quem quiser conhecer o blogue oficial da Yoani, clique aqui.

Democratas e republicanos lá na América do norte...

Não falo de política, não gosto de opinar, mesmo porque nem entendo muito e nem quero entender. Mas, para mim, quando leio a notícia de que Barack Obama ganhou o prêmio Nobel da Paz, exatamente dois anos depois de Al Gore -- de quem sou admiradora por sua eterna luta contra o aquecimento global --, me faz pensar que a solução dos EUA são os democratas, mesmo. Na nossa atual era de Aquário precisamos de leoninos (como o Barack) ou arianos com ascendente em leão (como Al Gore) em vez de cancerianos retrógrados como Bush.

*** cabei de ler esta matéria na Folha de S.Paulo e descobri que Jimmy Carter havia ganho um Prêmio Nobel. Coincidência ou não, ele também era democrata.

What?

It looks better, but it tastes bitter. Feel free to wish nothing.

MCNQVBD - Feliz Aniversário, Isabella Taviani!!!





Primeira coisa: Isabella Taviani NÃO É Ana Carolina!!! Eu vou discutir isso com qualquer neguinho que venha com essa comparação mínima, ignorante e ridícula.

As únicas coisas que elas têm em comum são: morar no Rio de Janeiro (a Ana em São Conrado e a Isabella no Recreio dos Bandeirantes -- uma espécie de Alphaville do Rio), ter o timbre de voz grave (embora a Ana seja muito mais grave que a Bella) e cantar MPB. Só.

Agora vamos falar desse álbum lindo sobre o qual vai rolar um pocket show na Livraria Saraiva do Shopping Morumbi (desça a barra até o fim). Adivinhe quem estará lá??? EU.

MEU CORAÇÃO NÃO QUER VIVER BATENDO DEVAGAR
(ou MCNQVBD para os íntimos...)


1. Meu coração não quer viver batendo devagar
Faixa título do álbum. A música e a concepção da capa vieram em um sonho... maverick, viaduto do joá e meu coração não quer viver batendo devagar. Lembra um pouco o velho estilo Isabella, com acordes graves. Como a cantora mesma afirmou em várias entrevistas, uma música que resume a personalidade intensa que ela tem.

2. Presente-Passado
Que gracinha! Ela já tinha disponibilizado pelo site e eu tinha cansado de ouvi-la no repeat one. Tem um levada doce, um pop suave e é a primeira música que vai usar instrumentos de sopro, uma característica marcante deste novo álbum, na minha opinião. "Não admiro os covardes, mas agora... é tarde."

3. Arranjo (part. especial Zélia Duncan)
Uma canção que a Isabella pediu para a Zélia escrever. E tem a cara dela, mesmo... a combinação das duas mais belas vozes graves da MPB resultou em uma faixa leve (característica marcante do álbum, junto com os instrumentos de sopro) e outra música graciosa em que a metáfora de compor se mistura a um flerte-namoro... lindo!

4. Todos os erros do mundo
Ahhh... essa se tornou uma de minhas faixas favoritas! Que música forte! De letra forte, de pegada forte, bem IT. "Mas agora vá viver nesse poço escuro, de uma dor sem fundo, porque eu não tenho tempo de errar... todos os erros do mundo".

5. Eu não moro na sua vida
Gostei da música (parceria com Dudu Falcão), que segue a balada doce, sem ser grudenta. O legal da IT, e eu acho isso um grande diferencial, ela sempre canta músicas positivas. Este pode ser considerado um exemplo.

6. Escorpião
Fico pensando em quem ela se inspirou para escrever essa música... porque ela retrata beeem uma mulher de escorpião (que ainda acredito ser o signo da namorada dela. Uma escorpiana com ascendente em libra, não sei porquê). Faixa curtinha, mas muito linda. E no show em SP, pelo que constatei, teve direito à dança!


7. Borboletas e risos
Esta eu considero uma faixa especial. De uma leveza e pureza, transcritas por meio da poderosa harpa de Cristina Braga. IT também dá um show de vocal, na minha opinião. Bem, como a própria Isabella disse, Borboletas e risos quase foi o nome do disco... na época achei estranho, mas hoje ouvindo essa faixa, não seria nada demais e combinaria perfeitamente com esta fase nova. Esta é uma de minhas favoritas!

8. Um vendaval (part. especial Toni Platão)
 Ou... o Melô da louca (pena que o vídeo não está mais disponível...), de acordo com a própria Isabella. Rodando youtubes e twitteres por aí, descobri que muita gente gosta desta faixa... eu também! Não tem como não gostar dela. Vejam... "Eu nunca te prometi nada... vc foi tão apaixonada, eu nunca disse que te amava. Não quero, não vou. É verdade, acabou". Parece Machado de Assis.

9. Falsidade desmedida
Uma das faixas mais "IT" na minha opinião. Nessas horas vc vê que se ela continuasse com uma fórmula parecida com a que vinha, iria desgastar muito a sua qualidade musical: "Se vc realmente me ama, veja o sol nascer para sempre nos meus braços. Não adianta ficar com ela querendo a mim. Esta é a sua vida... falsidade desmedida". >> Cara, eu lembro especificamente de uma pessoa quando ouço esta música...

10. Casa no céu
Na minha opinião, continuação do Diga sim, de 2007. Uma cançãozinha pop, batidinha leve com guitarrista meio chatinha, mas legal. No entanto, com um refrão desse, não precisa de mais nada: "Tudo que sonhamos juntos, vamos conquistar. Basta ter a mente aberta e o coração bem quente pra acreditar".


11. O tudo que é nada
Música triste... melodia com arranjo delicado: "No vão de meus olhos vazios, vagando, seguindo, são frios... São minhas janelas abertas, são minhas mãos estiradas. Ao vento, ao tempo, à estrada, esperando o tudo que é nada".

12. Depois da chuva  (part. especial Zélia Duncan)
Adoro esta música! Que gracinha, baladinha de levada gostosa... "Tanto frio e eu sem um sol pra te aquecer, depois da chuva, um horizonte e nossas roupas vão secar..." Zélia toca bandolim aqui.

13. Argumentos de vidro
Ah! Esta eu gosto demaaaais. Adoro letras fortes: "Degrau por degrau, eu alcanço a mim mesma. Cada palavra cantada, sofrida, é forjada na minha certeza. Degrau por degrau, vou até o infinito. Meu canto grave vai estilhaçar todos os teus argumentos de vidro."  Também gosto so instrumentos de sopro aqui.

14. Sob medida
Velha conhecida, de novela, de Chico Buarque. Bela versão, oficialmente em CD agora. Veja o vídeo oficial.


15. Esquinas de Jacarepaguá
Aaaaah!!! Esta é uma das queridinhas minhas!!! Amo estes sambinhas... Este foi um dos primeiros vídeos do Projeto Reality. Fala sério os vocais que ela faz... e a risada espontânea e gostosa, tão característica... * suspiro *

***

O cd da fotinha acima foi comprado diretamente no site da IT. Faltou meu nome nele, mas comprar o cd foi um odisseia, que eu deixei para pegar um outro autógrafo pessoalmente. E ainda falta a foto com ela... ela que me aguarde.

A inspiração que nasce do caos

Não deveria, mas ontem conversando com Sharleu, chegamos -- uma vez mais -- à triste conclusão de que os melhores textos só nascem de momentos paradoxal e epicamente angustiosos. Por isso, por um lado, parei de escrever poesia. Por isso, no outro lado, comecei este blogue.

Ultimamente, como vcs devem ter visto pelos posts, tenho preferido à superficialidade sem NUNCA esquecer de onde vim: um pulo em um precipício escuro...

E mais um...

... trecho do atual livro que estou lendo. Engrandecedor.

O melhor que podemos fazer em relação a nosso mundo incompreensível e perigoso, portanto, é praticar o equilíbrio interno -- por maior que seja a insanidade que exista do lado de fora.

Julieta-tá...

Não sei porque, mas essas músicas bizarras me surgem do nada na cabeça... e isso porque eu adooooro tanto forró. Alguém lembra (da minha época)? De Sandro Becker: Julieta-tá... tá me chamando...

Agora tô ouvindo de Luiz Caldas: Nêga do cabelo duro e de Kaoma: Lambada. (alguém sabia que a banda é francesa? o_O)

Ah... o Sagitário.

Este meu ascendente em Sagitário está meu causando horrorores... de bom. Devo dizer que o excesso de sinceridade tem me feito muito bem. Guentem, povo... podem ouvir o que quer... e o que não quer!


***

A seguir, um trechinho sobre o ascendente em Sagitário... bom...

Sagitário é o regente do seu ano, Cristiane. A qualidade sugerida aqui é o impulso de ir além, de alargar os horizontes, superando os próprios limites e expandindo seus sonhos. O centauro caçador - símbolo mítico de Sagitário - vai em busca daquilo que está do outro lado do arco-íris, e não descansa enquanto não encontra. Em anos sagitarianos, nos destacamos da mediocridade e descobrimos que nossa vida é do tamanho dos nossos sonhos.
Você provavelmente sentirá um impulso positivo, uma fé norteadora que lhe impelirá a desbravar novas paisagens. Isto tanto pode sugerir viagens físicas quanto viagens da mente. O que importa é que, nestes próximos doze meses, a rotina se esfacelará, dando lugar a uma realidade mais colorida - vertiginosa, talvez - e ativa, em que as coisas acontecem.
Todavia, Cristiane, vale destacar aqui a necessidade de ir em busca de metas viáveis, pois em anos sagitarianos não é incomum que nos lancemos na direção de objetivos altos demais ou mesmo irrealistas. De uma forma ou de outra, diversão é o que não faltará - Sagitário é o signo da alegria. Só não pode se tornar o signo da alegria tola!

Sobre Anticristo

E eu fui!

Sexta-feira, tentando fugir do trânsito, cheguei pontualmente ao HSBC às 18h15 para ver o filme do Lars von Trier: Anticristo.

Bom...

Os detalhes que não escapam, mas que merecem menção:
1-) estou cada vez mais enojada das falsos intelectuais da Paulista. Alguns vêm disfarçados, outros escancaram bravamente. Acho que peguei essa ojeriza depois de frequentar a Mostra Internacional bravamente e loucamente durante dois anos: o que vc mais vê são pessoas que usam o "estar no cinema" como forma de status. PFF.
2-) mais enojada ainda dos adolescentes moderninhos que visitam as salas cult do cinema de SP pra fazer a mesma bagunça que os maloqueiros da ZL. Igualzinho. A única diferença é que são filhinhos de papai metidinhos a moderninhos, vestindo calças xadrez de algodão e óculos de acetato. Riram antes de entrar no cinema, riram antes de começar o filme e riram logo que o filme acabou. AO MENOS não riram durante o filme, porque eu ia lá socar a cara se isso tivesse acontecido.

Bom... agora posso falar do filme, eu precisava desabafar essas coisas que meus olhos não conseguem deixar de ver.

O filme é uma obra-prima. Simplesmente isso. Quem puder, vá conferir. A experiência da sala de cinema, escura, ainda acentua mais o soco no estômago, da maneira mais delicada e paradoxal que possa ser.

Eu tive poucas reações ao término do filme. E ao contrário daqueles adolescentes ridículos que saíram rindo, eu estava estupefata ao final do filme. Esperei acenderem a luz, a sala esvaziar para poder sair. Tinha tido reações parecidas com Eternal sunshine of the spotless mind, Mulholland dr. e Requiem for a dream. Mas foi engraçado: eu me levantei, olhei pra trás e cerca de 10 pessoas estavam com o mesmo olhar que o meu. A moça logo atrás de mim (eu nem reparei que ela esteve lá o filme todo, olha que bênção de companhia de cinema!) me olhou com os olhos assustados como que dizendo: "Que porrada de soco! Que filme!". E eu apenas olhei de volta querendo dizer a mesma coisa.

Este filme é delicado, com suas luzes, com sua escuridão, com o paralelismo da psicologia, com a depressão, com a música clássica na abertura e no fim, da maneira como devemos lutar com os nossos demoninhos. E as bolotas de carvalho num som hipnótico e aterrorizante. Em muitas passagens, me lembra com gosto o que mais aprecio em David Lynch: a forma natural com que ele coloca lado a lado: o estranho e o usual.

Não dá pra falar muito do filme, porque estraga. Mas ele é nota 10, como poucos. E vale tudo, incluindo aguentar falsos intelectuais e adolescentes moderninhos.

Rio 2016

Pois é e as notícias se confirmaram. Não sou pessimista, mas sou cética e bem realista. Adorei a notícia e tals, minha querida Jana me disse que não rolou estresse no Rio na época do Pan-07, mas duvido... é muito mídia, muita grana e só dinheiro público escorrendo pelo ralo. Legal, vai ser a primeira Olimpíada na América Latina, mas porra... poderíamos investir em aumentar o IDH. Ok. Não sou de política nem falo disso. Mas repito o que li no twitter do Jr. Tostoi, que reflete minhas palavras:

caramba.... bom, agora é torcer pra roubarem o mínimo e não queimarem nosso filme...

** algo que me diz que até lá teremos o trem-bala Rio-SP. Será exagerado pensar nisso???
*** também gosto da opinião do Juca Kfouri, neste podcast da Folha de S.Paulo.
**** e também partilho da opinião de Marcos Guterman, editor do Estado de S. Paulo.

Um certo alívio

Após alguns meses de correria, estresse, aperto no coração e tantas coisas que aconteceram... minha vida parece tomar um rumo normal de novo. Não que o significado de normal esteja sequer próximo do ideal para mim.

Mas, sinto ventos novos... pelo menos eu mereço um pouco de calmaria depois de tanta loucura. Estou lendo um livro (do qual não falarei agora, apenas quando terminar de ler, e isso vai demorar um pouco ainda. Estou curtindo com calma impensada ler esse livro, porque eu sempre tive ansiedade em terminar um livro em uma semana) que tem trechos incríveis. Vou citar um aqui:

O caminho do ioga consiste em desatar os nós inerentes à condição humana, algo que definirei aqui, de forma extremamente simplificada, como a desoladora incapacidade de sustentar o contentamento. Ao longo dos séculos, diferentes escolas de pensamento encontraram explicações diferentes para o estado de aparente falha inerente do ser humano. Os taoístas chamam-no de desequilíbrio; o budismo, de ignorância; o islamismo põe a culpa de nosso pesar na rebelião contra Deus; e a tradição judaico-cristã atribui todo o nosso sofrimento ao pecado original. Os freudianos afirmam que a infelicidade é o resultado inevitável de um embate entre nosso pulsões naturais e as necessidades da civilização.

Hoje vou ao HSBC ver o famigerado Anticristo, que tem um tema que em breve abordarei aqui. Antes de abordá-lo, preciso ver este filme. Assim, quem cair de sopetão e quiser uma cia chata de primeira fila de cinema e silêncio durante o filme, estarei por lá, às 18h30, na primeira fila do cinema do HSBC pra ver o mais novo filme do von Trier.

***

E minha trilha sonora de hoje é composta dessa novíssima música da Isabella Taviani em parceria com Toni Platão: Um vendaval. Amo esta música! Em breve postarei minha opinião sobre o novo álbum dela. Hoje tem show em SP e eu não irei!!! :-(

Music of the day

Fiquei pensando em algumas músicas "sensuais" e sempre me vem à mente:

1-) Slave to love, Bryan Ferry
(longe de lembrar o 9 e 1/2 semanas de amor, o álbum do Bryan Ferry que tem essa música, Boys and Girls, é lindo lindo, atemporal, que sobreviveu com os anos por ter nascido na década de 80.

2-) Cose della vita, Eros Ramazzotti
(sem palavras. Aqui eu coloquei uma versão recente desta música cantada com Tina Turner! Descobri estes dias!)

3-) No ordinary love, Sade
(quase música de motel... hahaha, mas linda!)

4-) Is this love, Whitesnake
(não nego minha idade e minha eterna preferência pela música dos anos 80. Esta é fantástica! Dá-lhe David Coverdale e sua voz única)

5-) Let's make it baby, Bon Jovi
(demo da época de New Jersey, nunca lançada oficialmente... é um crime o que o Jon faz com os vocais dessa música!)

6-) Hypnotised, Simple Minds
(adoro esta música, definitivamente, me faz viajar! O álbum Good news from the next world está nos meus eternos favoritos.)

Se eu me lembrar de mais alguma... adiciono.