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A vitória da hipocrisia

Faz algum tempo que venho matutando algumas coisas. Meu olhar observador sobre as pessoas oscila entre a pura indignação e o blasé. Não deixo de pensar que me coloco como Juíza-Mor, ocupando uma posição em que não me permito o auto-julgamento. Não é verdade. Quando falo o que aqui falo, também estou falando de mim mesma.

Mas convenhamos: se eu olho e posso dizer, por que não fazê-lo? Se as palavras queimam em mim e querem sair de mim, por que não libertá-las?

Três meses. Acho que este é o tempo que estou ruminando este texto. E vale contextualizar porque desde 17 de dezembro não me sinto mais a mesma pessoa que sempre fui. Talvez um dia eu conte esta história em detalhes.

Abri as notícias de jornal e vi a (óbvia) notícia de que o mais falado elemento ganhou o tal do reality show. Cheio de pompa social e discurso clichê, fez promessas. Sua atitude -- tão simplória e tangente -- quanto a de um político, vem mostrar o poder da mídia de massas. Ou vocês acreditam que a maior emissora do Brasil seria ligada a atos de preconceito sexual? Não!

Mas também somos como o vencedor do show. Só que na nossa vida diária. Continuamos agrupados a pessoas que não nos fazem bem, mas que são as mesmas que nos fazem inseridos num grupo. Não estamos sós, mesmo se continuamos ignorantes, é isso o que importa.

Repetimos atos alheios, não importa se eles são corretos ou não, porque se todo mundo faz, eu faço. Praticamos a violência -- psicológica ou física -- a alguém, porque sendo agressivos, estamos nos defendendo. Falamos bonito, porque as pessoas sempre se iludem com os loquazes e esquecem de olhar a verdade por trás de suas palavras. Fazemos apologia aos sentimentos e à justiça sem saber o real e puro sentido que estão atrelados à essas palavras.

Então, eis a pergunta: quem somos? 

Rebato a pergunta: o que somos?

Não temos autoconsciência. Não somos muito além de um reflexo no espelho, que confere se a beleza está ajustada aos modelos da sociedade. Preenchemos nosso vazio com vícios, com ilusões. Creditamos nossa felicidade sempre à alguém. Nos reproduzimos sem propósito.

É decadente essa imagem, na minha opinião. Vivemos cercados de ilusões, acreditamos nela e reforçamos a sua existência repetindo ações alheias, simplesmente pelo fato de estarmos no piloto automático de nossas vidas.

Recentemente, me perguntaram se eu teria algo a perguntar pra Deus. E eu disse que nada. Depois, pensei melhor, e perguntaria o seguinte: por que te criaram? Porque acredito que ao criarmos um Deus criamos uma resposta de dois gumes: a redenção e a perdição. É assim que vivemos, num conflito eterno de absolvição e pecado, que nos prende em nossa pífia realidade.

Portanto, ao falarmos mal de políticos e de vencedores de reality shows, estamos falando de nós mesmos, porque foi essa a realidade que construímos. Nada aconteceu por infortúnio e nada continua acontecendo sem que estejamos intrinsecamente atrelados a essa realidade. Se há uma vitória da hipocrisia, esta é a vitória de nossa total falta de autoconsciência, que forja nossas bases e põe holofote em nossos reflexos.

Ainda acredito -- e eu luto muito por isso -- que sejamos capazes de viver sem maniqueísmos, para começar. Penso que seria a melhor forma de começarmos tudo de novo.

The celluloid closet

Primeiramente, devo agradecer ao site Elas e Elas Filmes que disponiliza filmes únicos que podem ser vistos em computador. Oportunidade fabulosa de ver raridades europeias que nunca estrearam por aqui e sequer possuem versão em dvd pra gente poder ver.

Pois bem, fiz algumas escolhas e lá fui eu pra lanhouse baixar alguns filmes. Tem tantos que nem dá para saber por onde começar. Mas me chamou a atenção o The celluloid closet. E que surpresa agradável foi! Quer dizer, eu chorei muito! Muito! Por pensar em tudo que historicamente passamos. Hoje em dia, parece muito difícil ser gay ainda, mas antigamente, era bem pior!

O documetário faz um percurso ao longo de toda a história do cinema, mostrando como a homossexualidade era/é retratada. E o resultado disso é que sempre fomos ridicularizados, transformados em vilões e -- principalmente -- mortos ao fim do filme.

Isso não é novidade se nos lembrarmos, por exemplo, a quantas anda a telenovela brasileira. Em Torre de Babel, em Mulheres Apaixonadas... o filme é sempre o mesmo! Morram! rs

Mas isso me faz pensar que estamos em uma era especial: a era de Aquário. Agora é a hora de toda a sociedade abrir os olhos e ver os homossexuais como pessoas atuantes na sociedade. Pois somos aqueles que produzem seus livros, cultivam a sua comida, escrevem, leem, fotografam, cozinham, cantam, cuidam de sua saúde. Somos como qualquer ser humano neste planeta Terra.

Bem, voltando ao documentário, separei alguns filmes que gostaria de ver, como The children's hour (Infâmia) com Audrey Hepburn e Shirley Maclaine. Lembrei dos queridos Fried green tomatoes, Thelma and Louise e The Hunger.

O documentário vale cada segundo. Para mostrar o panoramos de quase um século da sétima arte e para mostrar como a influência hollywoodiana.

I'm alright...

... You gotta go there to come back.

Poucas pessoas entendem o real sentido de ir até o fundo do poço, lamber a merda e voltar. Se um dia você chegar perto de sacar isso, e antes quiser sentir o feeling, ouça esta música:

Sobre ontem

Ontem foi um dia difícil para mim. Por alguns motivos que não merecem ser ditos aqui, eu estava muito sensível. Além da conta. E, ao contrário do que costumamos fazer, não culpo a tpm, não culpo ao estresse no trabalho, não culpo ninguém.

Eu não poderia exatamente precisar... mas como disse minha amiga Shar, também sinto um turning point inside me. Eu quero muito mais do que a vida diária me dá. Eu tenho muitos sonhos grandiosos que gostaria de viver e compartilhar. Eu preciso ter muito mais do que a satisfação de uma vida ordinária e comum.

Eu sonho com um mundo consciente, com seres humanos conscientes de seus potenciais, de seus reais valores. Eu vejo um mundo com pessoas não mais em suas vidas ilusórias, mas criadoras de sua própria realidade.

Eu quero um mundo que compreenda a consciência ecológica não como um verniz que passamos para parecer moderninhos e legais, mas como seres humanos que respeitem a Natureza como parte de si mesmas. Eu quero um mundo em que não precisemos de maquinários para depender, para trabalhar em conjunto.

Eu quero muito ajudar as pessoas e quero estar ao lado de cada uma delas. Sonho com pessoas amigas, puras e sinceras.

Eu sinto que ontem foi um dia negro, cheio de testes para mim. Mas, para os meus inimigos que querem me derrubar, digo: vocês não são meus inimigos, apenas odeiam algo em mim que gostaria de ter para vocês. Eu não os odeio. Nós poderíamos nos juntar! Poderíamos formar um time! Eu estou aqui. Eu amo cada um de vocês.

Também sinto um vento novo soprando... ele vai mudar minha vida exatamente para onde quero que ela vá. E todo o meu mapa astral então fará sentido, porque estarei realizando tudo a que vim destinada realizar.

Pontos Cardeais

Pronto! Não aguentei mais isso e corrigindo uma falha gravíssima no mundo virtual, postei a belíssima música que tenho ouvido no repeat one desde ontem: Pontos Cardeais, de Isabella Taviani.

Adoro o arranjo com cordas dessa música. E fiquei imaginando uma versão em piano. Adoro a letra, adoro a intensidade na medida certa. Se o primeiro álbum da Isabella foi caracterizado pela explosão de intensidade na voz, uma certa sofreguidão em excesso, esta música parecia prever a Isabella que viríamos a conhecer no último álbum: a doçura e a leveza, sem perder a mulher-escorpião que sabemos a Isabella é e nunca deixará de ser!

Portanto, aproveitem e espero que gostem. Eu amo essa música!

E de novo...

Isabella Taviani! Mas que surpresa!

Eu gosto dessa mulher, fazer o quê?... rs

Ontem no twitter, fiz uma sugestão... e recebi uma resposta misteriosa e esperançosa:













Busquei e não achei Pontos Cardeais na net! COMO??? Quando conseguir um upload, aviso. Ela faz parte do primeiro álbum dela. Longe das clássicas que compõem o álbum, como Foto Polaroid, Digitais, O Último Grão e De Qualquer Maneira, esta música é uma pérola escondida... e que pérola! Não me esqueço que foi com ela que ganhei minha promo para conhecer a Bella ao vivo!

Aos meus queridos leitores...

Muito obrigada aos meus queridos leitores, pelas visitas diárias (são uma média de trinta!) mesmo não tendo postado. Prometo compensar vocês com muita crítica a la Crisão! :-)

Bem, segue um superminiconto. Espero que gostem. Vou me dedicar cada vez mais à prosa! Quem sabe (promessa de vida) eu não escrevo um único romance até o final de minha vida e entro pra imortalidade dos escritores eternos?
Eu nunca te vi chorar. Mas estava lá: de frente para você, vendo suas lágrimas e seus olhos vermelhos. Dentro da minha cabeça, um furacão. Minha expressão? Silêncio. Eu não sei reagir à lágrimas, me perdoe. Algo em mim se trava quando vejo alguém chorando, pois é como se minha sensibilidade ficasse esgarçada fora de mim, e eu não soubesse o que fazer...

Mas não era eu, era você. E ainda assim, eu não sei o que fazer. E ainda assim, espero que você compreenda meu silêncio e minha tão tímida atitude. Se somos partes opostas e iguais e simétricas do mesmo, é tudo que posso dizer que sei. Você estava certa. Eu sou única -- e nós somos únicas.

A brincadeira do momento

Para quem tiver curiosidade de me perguntar algo... que usualmente não perguntaria, eis a nova ferramenta destes tempos cibernéticos: Formspring.me.

A proposta é simples e básica: caderno de enquete da 8ª série. Virtual.

Já andei respondendo umas perguntas. Tem um pessoal querendo polêmica (como sempre). Mas tô aí: na chuva e pra me molhar. Pode perguntar o que quiser, não vou deletar nenhuma e responder a todas.

Isso me lembra meu caro Enrico que sempre me dizia que eu tinha de participar do Provocações, programa do Abujamra, na tv Cultura, aqui em SP. Aquele menino me conhecia... hahaha.

Vai lá, quem tiver interessado: o link tá aqui.

Música para esta quinta-feira


O dia amanheceu um friozinho bom, cheio de nostalgia para mim.

Uma das minhas músicas favoritas do Bon Jovi, Open all night (versão box). Já postei aqui uma vez, vai de novo. Este vídeo é raríssimo, porque foi a única vez que eles tocaram esta música ao vivo (aliás Borgata 2004 foi O SHOW). A música Open all night (versão final) foi lançada em 1999, no álbum Bounce. No box comemorativo de 25 anos de banda,  foram tiradas duas versões do baú: a música que segue aqui e a These arms are open all night. Eu prefiro esta, infinitamente. Embora a versão de 99 é muito linda. Enfim... Vejam com a letra (quem tiver curiosidade, claro). A música é a minha cara...

Andy Warhol na Pinacoteca, em SP

Adoro a Pinacoteca de SP e adoro Andy Warhol. Adivinhem quem estará lá no próximo feriado?...

O texto abaixo foi tirado da Folha de S.Paulo, hoje.

Estação Andy Wahrol Maior mostra do artista no país explora tom político de sua obra e a relação com os EUA do pós-Guerra

The Andy Warhol Foundation for the Visual

"Campbell's Soup II Hot Dog Bean" (1969)

FABIO CYPRIANO DA REPORTAGEM LOCAL

O lado glamouroso e pop nas obras de Andy Warhol (1928-1987) já é bastante conhecido, seja nos retratos de celebridades, como Marilyn Monroe ou Elizabeth Taylor, e mesmo em seus autorretratos, que também prenunciam o culto ao egocentrismo em tempos de Facebook e Twitter.
Com a mostra "Andy Warhol, Mr. America", que será inaugurada neste sábado, na Estação Pinacoteca, outra faceta será explorada: as relações políticas vistas em sua obra, a partir da consolidação do império americano do pós-Guerra.
"Warhol encarnou e expressou vários dos pressupostos que levaram à construção do império americano: a relação entre desejo, fantasia e consumo, ou mesmo a persistência da morte por trás da essencialmente afirmativa iconografia da cultura pop dos EUA", afirma o curador canadense Philip Larratt-Smith, responsável pela exposição.
"Andy Warhol, Mr. America" começou a circular no ano passado, no Museu de Arte do Banco da República, em Bogotá, na Colômbia, seguiu para a Argentina, no Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires, e termina seu périplo em São Paulo. O tema político da mostra, segundo o curador, foi escolhido graças ao circuito geopolítico: "Devido à longa história das intervenções norte-americanas na América Latina e ao papel fora do comum desempenhado pelas multinacionais americanas".
Para ilustrar a relação política na obra de Warhol, Larratt-Smith dá como exemplo as obras da carreira do artista nas quais ele passou a usar camuflagem, incorporando padrões militares. Nesses trabalhos, segundo o curador, "a camuflagem sugere que as aparências são enganosas, e que existem agendas escondidas". Assim, segue Larratt-Smith, "o império americano é um império travestido, que tem a pretensão de ser o que não é: um supervisor benevolente do sistema financeiro global ou o zeloso policial do mundo".
Nesse sentido, Warhol de fato seguiu na contramão da propaganda do governo dos EUA em defesa do expressionismo abstrato americano de Jackson Pollock e seus contemporâneos, que ainda continuam em voga: na semana passada, o correio norte-americano começou a vender selos de dez artistas desse movimento.
A turma de Pollock, aliás, nunca admirou Warhol. "De Kooning uma vez o chamou de "matador do belo", em uma festa, quando se encontraram", diz Larratt-Smith.
A mostra do artista na Estação Pinacoteca, a maior já vista no país, reúne cerca de 170 obras: 26 pinturas, 58 gravuras, 39 fotografias, duas instalações e 44 filmes, com ênfase para os trabalhos realizados entre os anos 1961 e 1968, período que Warhol trabalhou com intensidade em seu estúdio, a "The Factory", por onde circulava grande parte do meio criativo de Nova York, como Bod Dylan e Mick Jagger e Lou Reed.
Foi na "Factory" que Warhol criou grande parte de seus filmes experimentais, como "Empire", visto na mostra em uma versão curta de 50 minutos com imagens do Empire State Building (Nova York).
O deslumbre de Warhol com o brilho das luzes tem a ver com suas raízes, segundo o curador da mostra: "Um fora do sistema por sua classe social, orientação sexual e aparência, Warhol desejou, com intensidade patológica, viver o sonho americano e assimilar ele mesmo a complexidade dos mitos e narrativas da América". 

O serviço e as info da Pinacoteca estão aqui. LEIA E VÁ AO EVENTO!!!

Clarice...

Do recorte de jornal que ganhei da querida Lilian Aquino:
"Escrever é uma maldição, mas uma maldição que salva. Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive. Escrever é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. É também abençoar uma vida." (Clarice Lispector)

Reflexões

Hoje, depois de uma noite maldormida, eu acordei reflexiva e filosófica. Não sei bem os motivos da noite ruim de sono, mas tenho um feeling de que são os reflexos do filme que (re)vi no domingo: What the bleep do we know?!

Vou tentar ser menos crítica alheia (o que é fácil) e mais reflexiva. Uns meses atrás, tive um sonho que mudou a minha vida e calou as minhas perguntas (que sempre foram muitas!). Eu confesso que a sensação de calmaria era ilusória... como tudo na vida. Mas pensei que saberia lidar bem com a situação nova.

Fato é que muito ingênuo é aquele que pensa que foge do mundo em que construímos. Não é estranho pensar que podemos -- mesmo -- estar vivendo em uma realidade ilusória criada pelos bilhões de pensamentos humanos ao longo dos séculos. Onde estará o nosso verdadeiro, além de aqui ou de ali?
Nos prendemos a vícios, à neuroses, à regras e mais regras. Apenas acreditamos na velha e científica crença de crer apenas no que se vê, como se isso fosse a mais justa e absoluta de todas as regras. O nosso falso cientificismo que justifica aparentarmos uma coisa e sermos outra. 

Segundo fato: vou pegar meu livro do Capra para ler. Física quântica é o futuro da nação científica e eu quero saber do que eles estarão falando. E minhas preocupações, cada vez mais, serão com o meu crescimento espiritual, me desculpe o resto.

Absurdo

Para incompreensão absoluta da ignorância da raça humana, morre o fantástico cartunista Glauco, autor do Geraldão e Dona Marta, dentre outros personagens incríveis.

Uma pena. É assim, somos seres humanos. Na incompreensão de tudo, vamos vivendo. E sobrevivendo.


Nosso lado animalesco

Ontem à tarde, li esta notícia, na Folha de S.Paulo.

Hoje cedo, fiz um negócio que me deu um prazer danado: trombei com uma mulher, dando-lhe uma ombrada que deve ter desequilibrado ela. Lembrei do filme Clube da Luta.

E concluí algo, do modo mais ingênuo e despretensioso possível: somos animais egoístas.

Eu não estive em todas as capitais do Brasil, mas asseguro: paulistano é muito chato, metido a intelectual, mesquinho e egoísta. Aonde quer que a gente vá, aonde quer que a gente esteja é assim: vc vai ver sempre uma pessoa estressada querendo sair na frente da outra, cortando a vez da outra. Dá-se o direito de querer sempre ser o primeiro da fila, não importa como. Dá-se o direito de ter sempre pressa, não importa a situação do outro. Dá-se sempre o direito de ser o que precisa -- antes de todo mundo -- ter direito, não importa o que estiver acontecendo.

Temos um site "Gentileza gera gentileza" e até vejo uns adesivos por aí. Na prática, pouco vejo isso. Vejo gente atropelando gente de todas as maneiras possíveis. Para nos tranquilizar com esmolas dadas na rua, com contribuições para supostas entidades filantrópicas. Para dormir com uma consciência tranquilamente hipócrita.

Como disse uma garota no twitter (a @ClaudiaBertrani): "Fim dos tempos, não é uma referência ao fim do mundo e sim dos valores da nossa sociedade". Falou e disse.

Não sei mais o que dizer, além disso.

Restaurantes, restaurantes... (parte 3)

Para quem não sabia (ainda) tá rolando a Restaurant Week em SP, desde 1º de março até o dia 14 (próximo domingo).

Assim que fiquei sabendo (e já tinha pego a dica desde o ano passado, com a Ju Ramos), corri pro Guia da Folha e fiquei lendo um por um cada restaurante. Óbvio que na primeira leitura marquei mais de 10 para ir, mas é impossível. Primeiro: eu trabalho. Segundo: grana.

Mas não grana porque é caro, porque justamente o tchan do Restaurant Week é pagar um preço fixo de R$49,90 no jantar e ter direito a entrada, prato principal e sobremesa. O menu é selecionado especialmente pro evento e mostra algumas das iguarias de cada restaurante.

Pois bem. Munida de ideias selecionei meu primeiro destino: Apfel Bistrô. Fui na sexta passada, com a Sharleu. Trata-se do único restaurante vegetariano na lista do Restaurant week.

Primeiro, nota 10 para a decoração. Uma casa foi redecorada com clima intimista, que inclui delicadas e coloridinhas velas por todos os lados: nas mesas, na escada.

Escolhemos uma mesa do lado de fora. A charmosa, linda e educada gerente Letícia nos atendeu. Me chamou a atenção porque ela me lembrou demais minha querida amiga Mariana Timbó. Cismei que ela era aquariana.

Pedimos: primeiramente, o couvert. Na verdade, nem deveríamos ter pedido, porque ele é uma excelente entrada da entrada: torradinhas integrais feitas na casa, com as opções de patê de pimentão verde, patê de feijão branco e palitos de pepino e cenoura para petiscar.

Sharleu pediu (sugestão da Letícia) um suco de carambola (eu sei que é época porque tem muito na feira). Eu pedi um exótico abacaxi com gengibre. Sempre sem açúcar. Uma delícia os dois sucos!

Chegou a entrada:tinha me chamado atenção as brusquettas de abacate com queijo meia cura. E não me decepcionaram... uma delícia!!! A Sharleu pediu bolinhos de quinoua (que lembraram muito falafel) que vieram acomodados sobre uma cama de folhas verdes (broto de girassol, alfafa e alface). Ainda saboreei brusquettas de tomate com manjericão e de berinjela.

(foto tirada do site, belas brusquettas...)










Como prato principal pedi o risoto de arroz negro com pimenta biquinho, pupunha e ervas. Achei apenas a pupunha um pouco dura, mas de resto uma combinação deliciosa. Sharleu pediu cuscus marroquina com legumes e semente de girassol. Delicioso!!!

A essa altura, por incrível que pareça, estávamos satisfeitíssimas. E aproveitamos para perguntar o signo da Letícia: "Sagitário", ela disse sorrindo. "Mas eu podia jurar que era aquário", retruquei. "Ah! Aquário é meu ascendente!". "Sabia! Eu sou boa nisso!". Ela deve ter achado a gente um bando de doidas.

Conversa vai e conversa vem, pedimos a sobremesa. Eu fui de brownie vegan com frozen de tofu. A Letícia reparou minha cara tentando sentir os sabores do brownie e gentilmente me disse: "é feito com abóbora, farinha de amêndoas e açúcar mascavo". O frozen de tofu é tofu picadinho com alguma fruta (que não identifiquei), delicados pedacinhos de gelo e canela em pau. Delícia. Mas não ganhou do bolo mousse com creme brulee e coulis de frutas vermelhas que a Sharleu pediu. Tesão, tesão absoluto!!!

(foto do site)










A charmosíssima Letícia ainda nos convenceu a tomar um chá infusão especial da casa. Eu e Sharleu fomos de gengibre. Quero fazer em casa, porque ficou forte na medida certa! Fechamos o jantar com chave de ouro!

E disse à Letícia que vamos quebrar essa ideia de que, segundo ela, vegetarianos não jantam, por isso pouquíssimas casas abrem à noite. Visitem o Apfel Bistrô, do ladinho da Paulista. Sabores, atendimento e localização perfeitos!

Dia internacional da mulher

Por que não é fácil ser mulher nos dias de hoje.

Lembro que um dia, nos idos de 1993, eu escrevi um "romance" em que a sociedade era apenas composta por mulheres. Era uma delícia. Claro que não considerei um monte de variantes (eu era ingênua)... mas não deixo de pensar que uma sociedade controlada por mulheres seria uma interessante experiência.

Voltei à fase da falta de ideias. Espero estar na ativa em breve.

Um feliz dia internacional das mulheres para cada uma de minhas leitoras deste blogue! Abaixo, três vídeos das minhas cantoras favoritas.


 

Restaurantes, restaurantes... (parte 2)

Na última sexta-feira fui passear com minha filha e resolvemos conhecer o restaurante japonês Sushi Los Ruas, no coração da Vila Madalena.

Muito bom! Surpreendeu pela excelente decoração e atendimento. Comemos um festival, diversificado, bem temperado, bem apresentado. Temaki com alga crocante e skin farto e saboroso. Vale conhecer!

Um dos ambientes da casa. A foto ficou um pouco escura, mas dá para ver o bom gosto.





A apresentação dos sushis estava excelente.






Estou aprendendo a tirar foto de comida... não é nada fácil!






Mas uma!







Olha que gracinha o ambiente em que ficamos...










Eu tentando explicar algo que não faço a mínima ideia do que seja.






Restaurantes, restaurantes... (parte 1)

Um dos meus hobbies favoritos é conhecer restaurantes novos. Hábito adquirido há alguns anos e posto em prática sempre que o bolso favorece. Afinal, comer em bons lugares -- em algumas vezes, pode ser barato -- mas em geral, vc precisa desembolsar uma grana mínima.

Como dica da minha querida amiga Eli Usui, fui conhecer o Acrópoles, em sua unidade nos Jardins com minha querida Sharleu (em comemoração ao nosso finde "romântico"). As fotos dizem por si mesmas:

Para começar, pedimos uma meia-entrada completa, que tinha patê de berinjela, purê de batata com alho, purê de grão de bico e polvo com vinagrete, mais pãezinhos. Uma delícia.




Meu prato foi o Mussaká: uma torta (gigante!) de berinjela, batatas, carne moída, molho bechamel (um tesão...) e queijo gratinado. Também tem uma versão vegetariana.

O prato da Shar foi mais tradicional: ela queria comer um pato, mas ficou na kafta. Deliciosa...


Sobremesa: Galactoboireco, ou seja, massa folhada, recheada com creme de semolina. Um doce delicioso.








FATO: os pratos são muito bem servidos demais! Um prato dá tranquilo para duas pessoas. Da próxima vez, irei mais direcionada, para experimentar outros sabores.

O ambiente é totalmente decorado azul e branco, nas cores da Grécia. Como eu nunca saio em fotos, coloco uma aqui:










Quero ir ao festival dos quebra-pratos!!! Acontece em dias específicos, tem danças típicas e todo o ritual. 

Nota 10. Adoro as dicas da Eli Usui e recomendo o restaurante!

Feliz aniversário, JBJ!

 
This one goes out to the man who mines for miracles
This one goes out to the ones in need
This one goes out to the sinner and the cynical
This ain’t about no apology
This road was paved by the hopeless and the hungry
This road was paved by the winds of change
Walkin' beside the guilty and the innocent
How will you raise your hand when they call your name? (We weren't born to follow)

Já disseram de tudo sobre este cara e sua banda, o Bon Jovi. E vão continuar dizendo. Sabem por quê? Porque ele incomoda, porque ele faz aquilo que acredita. Porque ele já vendeu a alma pra ganhar dinheiro e assume isso. Porque é honesto e assumido em tudo o que crê.
Jon Bon Jovi salvou minha vida milhões de vezes, desde meus 13 anos até hoje. E hoje, 02 de março, dia em que ele completa 48 anos de idade, eu olho para ele e penso que ele ainda continua sendo minha inspiração para eu também ser a pessoa que sou.

Eu nunca sequer fui a um show deles, mas isso não importa. Eu sou uma fã doida que tem tudo que dá para ter. Eu acompanho o que dá para acompanhar. E eu o sigo até onde tiver de seguir.

Eu poderia escolher -- como sempre faço -- milhões de músicas... fico apenas com o refrão da já superconhecida We weren't born to follow. Uma bela canção-hino para ser cantada em estádios. E o link da página da banda no Facebook. Atualizadíssimo e com muito carinho pros fãs.

No aguardo (mais um...) de que eles venham para o Brasil na turnê do The Circle. Eles estão ressuscitando várias canções antigas como Roulette, Shot throught the heart, Only lonely. Seria demais poder ver isso ao vivo mais de vinte anos depois...