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Mais e mais ausência..

Acho que na semana que vem coloco minha vida nos eixos... tô precisando disso e de muita coisa. Vambora!

Mais ausência...

e tanta coisa acontecendo na minha vida!!! Em breve vai normalizar... e eu postarei tudo. Obrigada por quem nunca deixa de visitar este cantinho, mesmo que abandonado.

Minha ausência

Estes dias eu fiz uma daquelas "viagens". Sem classificação, quase impossível de explicar. Mas certas coisas na vida precisam ser feitas com mais esforço. Esta será uma delas.

Fiquei longe da vida da internet. Confesso ter sentido um pouquinho de falta. Mas devo dizer que essa ausência mostra algumas coisas (como sempre mostrou): a vida real é incomparavelmente melhor que a virtual. E a vida virtual apenas existe porque a real existe -- e não o oposto.

Aprendi muitas coisas nesses últimos dias. Confesso que queria (ainda quero) ter me encontrado com tanta gente... mas cadê dinheiro e tempo? Acho que, no fim, vou ficar devendo me encontrar com todo mundo. Eu detesto ter de escolher... mas a minha vida -- neste atual estágio em que ela se encontra -- precisa ter medidas. E eu vou escolher as minhas medidas. Precisarão ser mais firmes do que todas as escolhas que fiz até hoje!

A quem não está entendendo patavinas, apenas digo: para algumas pessoas, o Universo faz seu chamado várias vezes, pacientemente. Para algumas outras, ele nunca faz. Para outras, ele faz apenas algumas vezes. Esta é a minha vez. Chegou a minha hora.

Filmes de terror - parte 1

Como ando sem muita inspiração psicológica para escrever, nada melhor do que falar de filmes de terror... um dos gêneros que sempre adorei!

Quando me perguntam por que gosto,  posso dizer que é porque ele trabalha com o sobrenatural, mesmo comicamente, tenta explicá-lo. Fora isso não precisa mais explicação! rs

Ultimamente a cinematografia mundial anda carente demais de filmes de terror decentes. Acho que todos os temas estão mais do que gastos. Enveredar por suspenses psicológicos, como A Orfã, ainda é uma saída. Mas esse filme NÃO É um filme de terror de verdade (se alguns quiserem considerar, ok). O Orfanato, por exemplo, é um filme assustador. Mas medo não é apenas o intuito de um bom filme de terror. Ele precisa ter coerência e trabalhar muito bem (fora explicar) o desconhecido. Atividade paranormal é legal, ok. Mas parece ser americanizado demais... guardadas as proporções, parece um documentário estendido de um Discovery Channel sobre casas mal-assombradas.

Para mim, um bom filme de terror é aquele que deixa imagens que demoram para sair da sua cabeça. Aquela coisa que você acaba pensando (e não deveria) antes de dormir e fica com medo de acordar e acender a luz. Você pensa: "Será possível?". Sim, é possível! rs

Dois filmes me fizeram pensar assim. Por coincidência, são japoneses e são do mesmo diretor. Aliás, devo dizer que a cinematografia oriental (incluindo chineses, coreanos, tailandeses e japoneses) dá de mil na ocidental. As ideias estão gastas demais por estes lados. E os orientais com suas ideias (básicas, por sinal) de reencarnação e vida após a morte fazem bonito. Ou melhor, fazer um produto bastante assustador.

O filme n. 1 comentado de hoje é Reincarnation (no Brasil, Almas Reencarnadas) do Mestre Takashi Shimizu. Revi-o ontem e me lembrei porque gosto desse filme. A história de um pai que mata a família inteira é chocante (como já tinha (quase) sido em O Iluminado). Mas ok. Não vou comprar Kubrick a Shimizu, nada a ver.

Este filme, logo no início, tem uma das cenas mais aterrorizantes que eu já vi. Simples, sem barulhos (coisa que odeio em filmes Ocidentais). E é isso que gosto dos filmes do Oriente. Shimizu, criador do famoso O Grito, consegue se superar e fazer um filme que não lembre os clássicos cabelos pretos escorrendo de tudo pra quanto é lugar. E surpreende.

Não vou dar spoilers porque acho isso feio. Porém, preciso dizer que construir um filme dentro de um filme pode parecer a ideia mais simples depois de pronta e executada. Não é. Shimizu teve a simples ideia e executou-a bem. Com os upsides-down na medida certa.

Vale assistir, viu? Mas apenas se for fã desse tipo de gênero, porque esse dá medo. E compre o filme, viu?! Esse é daqueles que vai de baciada a R$9,90 na Americanas. Parece desvalorizar, mas é um tesouro escondido, na verdade.

Roussian roulette

Olha que distraída, peguei essa dica e resolvi checar pra não falar mal sem ouvir...e não que essa música é boa?! Adorei a batida. E a letra... rs

Vídeo em homenagem a IT

Okay...okay... talvez alguns de vocês não aguentem mais eu falando de Isabella Taviani e tal. Juro que esta será a última vez. De hoje? hehe

Este post é simplesmente para mostrar um vídeo feito pelas Demônias Twitteiras. Uma simples homenagem, mas feita de coração. Barufi Produções como sempre, caprichando. E eu colaborei com uma parte do texto (pra ser mais exata, a do início e do fim). Emocionante... Pra quem quiser ver a minha foto, adiante até o 4:50, e verá a foto tirada pela amiga Pê, que estava lá no Tom Jazz.

Eu não vou dizer nada

Na minha modesta opinião, a música abaixo é tirada do último bom (e decente) álbum lançado pelos Titãs. Saudade do bom e velho rock and roll que eles sabem fazer... (okay Sacos Plásticos é até interessante... mas nhé).

Mais do que procrastinar, sabotar-se.

Ultimamente o que tenho mais reparado é a necessidade visceral das pessoas se sentirem culpadas. Para e repara. Não veja apenas, observe.

Tem pessoas que gostam de ficar enrolando... a coisa vem, vai. E o que fica? A pergunta: "Que arrependimento, por que não fiz?".

Na boa... não tenho paciência para isso.
Tem pessoas que sentem prazer na lamentação. Taurinos, sorry to say, mas para mim vocês são os campeões. Se nós, cancerianos, gostamos demais de ser ranzinzas, vc gostam de lamentar o ido, o atual e até o que nunca foi feito. Eu chamaria isso de... prazer masoquista.

Para algumas outras, digo e penso: não coloque impecilhos para fazer alguma. A coisa mais fácil de se fazer na vida é colocar impecilhos. De uma preguiça básica a um característica de personalidade, os obstáculos vão sendo enfileirados para que as atitudes nunca aconteçam.

Não deixe de fazer as coisas que você sabe que precisa fazer. As oportunidades vão sendo perdidas. Uma vida inteira de lamentações e "se eu" acumulam-se. Não se sabote. E não veja este texto como um de autoajuda. Porque todos nós somos um pouco assim às vezes.

Groovin' in the midnight

Canção em homenagem às últimas madrugadas...

O que você faria antes de morrer?

Isso parece tema e título de filme, mas não. Li esta reportagem no site do Terra e me emocionei muito. Veja aqui.

Não é assunto novo nem nada que alguém já não tenha feito antes. Mas, como tudo é sempre questão de momento, li e me emocionei agora. Pensei nas barreiras tão limítrofes entre vida e morte (que para mim, não existem) e pensei nas coisas que deixamos de fazer em troca de tantas e tantas escolhas.

Até os mais céticos devem convir que se a vida é o momento, devemos vivê-lo intensamente. Deixar as mágoas de lado, aceitar e perdoar. Três ordens primordiais na minha vida.

Hoje não estou muito inspirada... mas desejo a todos essa boa leitura e um ótimo começo de feriado!

Feliz aniversário, Isabella Taviani - e outras coisas

Sempre falo (e sempre falarei) que aniversário é data sagrada, ano novo que começa, ciclo novo no ar e chances de tentar -- mais uma vez -- fazer tudo de novo.

Hoje é o dia da querida Isabella Taviani fazer aniversário. Apenas queira te desejar o que já disse por twitter: "Toda sorte, saúde, felicidade, amor, alegria e escolhas corretas. Que o Universo SEMPRE conspire a seu favor!!" Porque coisas boas sempre acontecem aos bons de coração!

***
Este dia novo também está sendo especial. Como nunca fiz em toda a minha vida, minhas decisões e meus pensamentos estão sendo unicamente (na medida do possível, claro) guiados pela minha intuição. Se às vezes pode dar medo, insegurança, tenha certeza: os resultados são sempre os melhores. Ouça a voz interior... sempre.

Bon Jovi no Brasil - IN THESE ARMS

Eu amo essa música. Inexplicável dizer. Mas quando ele diz: "Baby I want you like the roses want the rain. Baby I need you like the poet needs the pain" eu sabia que amaria essa música para sempre.

Eis o vídeo super simples que fiz ontem... arrepio toda vez que vejo!

Bon Jovi no Brasil: EU FUI!

Luzes se apagando... aquela expectativa de horas, de dias, de semanas, de meses, de anos... foram mais de QUINZE ANOS esperando ver essa banda tocar ao vivo. E foi assim, minhas lágrimas escorrendo sem parar, um choro soluçado, sem testemunhas. Eu FINALMENTE estava vendo Bon Jovi ao vivo! Não conseguia acreditar!!!

Nos primeiros acordes de "Blood on Blood" eu comecei a chorar. E foi assim ao longo de quase três horas de show. Eu não conseguia acreditar que estava ali, testemunhando a minha banda favorita de todos os tempos!!! Ainda não acredito que estive lá, que tudo veio e tudo foi.

Eu sou fã assumida. Todo mundo me conhece sabe que eu gosto de Bon Jovi e me respeita por isso! Porque não sou fã de modinha, não sou fã passageira. Sou fã de ter todos os cds, singles, dvds, de ter visto vídeos e mais vídeos no youtube, de saber TODAS as letras de cor. De caçar raridades, singles, de ter no mp3 versões para karaokê, de conhecer inúmeras bootlegs. De não passar um dia sequer sem ouvir ao menos uma música deles. Para a minha vida inteira sempre teve uma música do Bon Jovi como tema. A minha vida inteira eu cresci ouvindo as letras do Bon Jovi pensando que quando eu me sentia mais sozinha, sempre tinha uma música do Bon Jovi para me acalentar.

E assim, com esse espírito, eu fui ontem ao show. Vou ser sincera, esperava ouvir músicas novas, o novo single "What do you got?" mas fazia tanto tempo que os caras não vinham ao Brasil que tava tudo valendo. Parecia um show estilo greatest hits.

As músicas iam sendo desfiladas e eu não conseguia deixar de olhar para a plateia. Vocês já foram em show de estádio? Não? Devem ir! É uma experiência única! Não precisa ir na pista, no meio da molecada, faz como eu, nas cadeirinhas, entre pessoas da minha idade (hahaha) mas só não faça como eu fiz, porque eu fui sozinha. Sim. Fã que é fã não encontra empecilhos, simplesmente faz. Minha prima e minha irmã estavam cada um num canto. E eu fiquei sozinha lá, curtindo e chorando.

O estádio do Morumbi estava lotado. Arquibancadas, cadeiras, pistas comum e premium. As pessoas aplaudindo, balançando braços, um mar de braços e pessoas. Inúmeras e incontáveis luzes de celular ou câmeras acesas. Algumas luzes coloridas piscando. Sim, Jon Bon Jovi é o Last Man Standing. Eu estava ali olhando para ele e olhando para a plateia. Todos cantando tão alto que mal dava para ouvir a voz do Jon. Mais motivos pra chorar!

Sim, estava LONGE pra burro. Mas que telões eram aqueles??? Dava para ver tudo! Obrigada, telões! Quando começou os acordes de "In these arms" não acreditei... mais lágrimas. Por que? Esta é a minha música favorita deles. Uma música que me define como sou, tão bem... Eu amo essa música desde 1992, tempo que muita gente nem tem como idade por aí! Chorei e muito também em "I'll be there for you"... porque o coro de mais de 60 mil vozes entoando o clássico "ooo" do refrão... é de arrepiar...

O show teve 28 músicas cantadas, um bis de cinco canções muito lindo. Um público diverso com muitas senhoras e senhores, muitos homens (um do meu lado se acabou de tanto cantar!) muita gente de paz e educada. Uma experiência única. Espero apenas que eles voltem, que eles tenham sentido que não é qualquer banda que depois de quase 30 anos de carreira lota um estádio com mais de 60 mil pessoas cantando todas as suas músicas.

E eu espero que as pessoas e os críticos de jornal que andei lendo por aí também respeitem. É muito fácil dizer que Jon tem vários trejeitos de cantar e gesticular. Ele nunca quis ser outra pessoa além disso que ele é. E mesmo que isso fosse ruim, pare e reflita antes de criticar uma banda que lota um show com 60 mil pessoas. Inveja tem bom senso. Porque qualquer outra coisa vira falta de autoestima mesmo.

Tô subindo dois vídeos que fiz do show. Talvez hoje (ou amanhã) eles estejam aqui. Obrigada Bon Jovi por fazer parte da minha vida há tanto tempo e por ser quem você é!!!

Pra falar de amor

Voltei agora pouco. Toda vez que faço minhas caminhadas noturnas no centro de SP é como se inúmeras e intensas faíscas acendessem em mim, todos os meus sentidos (os cincos, os sextos e os sétimos) ficam tão sensíveis. Tudo faz sentido.

Pensei mesmo que "love is all we need". E não esse "amor carnal" de sentido tão deturpado como temos hoje em dia. O amor -- o verdadeiro e puro amor -- que vivenciamos raríssimas vezes na vida. O amor compassivo que apenas ama, não importa o julgamento que façamos.

Aí pensei que poderia falar disso, aqui, neste blogue. Desse amor que tão pouco temos e que tanto precisamos! Tem alguém que você ama? Por que não aproveita para dizer? Pode ser a última vez que você vá ver. Como você vai saber que não será a última?

Fale uma palavra de carinho, despretensiosamente. Afague. Mande um email. Faça trégua no seu coração. Sorria, sem medo de sorrir. Ande, sem pressa. Viva, com intensidade, mas sem destruir ninguém ao seu redor.

E ame... de verdade, com a tranquilidade de um lago calmo. Diga que ama. Assuma que ama. Vai por mim, pode ser a última vez.

Isto aqui não é texto copiado de ninguém... vá por mim, são apenas palavras e sentimentos que brotaram do meu coração. Está servindo muito para mim... espero que sirva para você também!

Algumas lembranças - para vc neste dia 04/10

Hoje é o seu aniversário. Sem querer, achei uma menção a você. Sem querer, fui clicando em links até chegar a fotos suas. E fui vendo... sem querer parar. Mal de internet!

Faz tanto tempo que te vi. Faz tanto tempo desde que nos desentendemos e deixamos de nos falar. Eu odeio esses términos, porque parecem sempre deixar uma lacuna que o tempo nunca preenche.

Hoje, no seu aniversário, num dia que tanto lembra uma Londres escurecida, eu penso em você. Quantas coisas fizemos juntas. Quantas conversas tivemos, embaixo daquela velha árvores, fumando maços de Kent. Falando de amor, falando de família. Falando de espiritismo. Falando de futuro.

Nós sempre nos demos tão bem... mesmo você com todo o seu jeito libriano de ser e eu com todo o meu jeito canceriano de ser conseguíamos nos dar tão bem. Era uma amizade que eu prezava muito, você deve saber disso.

Mas você nem deve ler o meu blogue. Talvez ainda se lembre de mim. Talvez a minha lembrança esteja associada a algumas outras coisas ruins... será que você ainda se lembra de mim? Daquelas longas conversas? Do dia no Fran's Café?

Eu vi que você se casou. Você nunca poderia estado tão bonita naquele vestido de noiva, como estava. Senti saudades imensas de você, esquecendo todo o passado de brigas que tivemos. Queria ter te abraçado e desejado toda a felicidade para você. Espero que, mesmo sem que você leia este blogue, saiba que estou desejando toda a alegria para você.

E eu vi que você continua a mesma... distraída. Olhando perdida para detalhes que viram fotografias eternizadas. Você está viajando mais do que nunca. Seus horizontes nunca pareceram tão ampliados! O seu sorriso parece tão simples de felicidade... aquela mesma que já vi em seu rosto. Fiquei feliz por você, mesmo a milhares de quilômetros de distância.

Aqui eu continuo... com a minha vida. Sinto muito por termos brigado, sinto muito por eu ser tão canceriana e vc tb ser tão libriana assim. Quem sabe um dia não nos reencontramos? Pra você dedico esta música do Bon Jovi que diz mais ou menos assim: "You better chase your dreams before they rust, get what you can and hope it's enough"

Ressaca pós-shows - o amor e o fanatismo parte 2

Olha gente, depois de dois fins de semana seguidos indo a shows da mais que querida Isabella Taviani, chego às velhas conclusões de sempre. Como diriam as minhas amigas virginianas, estou com a crítica espevitada em mim (minha conjuntura astrológica na revolução grita isso em mim) e não deixo de observar as mesmas coisas de sempre... rs

Primeiro, aos prováveis fãs (sejam de quais artistas forem) desculpem se estarei sendo muito ácida, mas num tem como não reparar! Fanatismo é uma coisa meio... doentia, né? Tem como ser diferente?

É um caminho perigoso tanto para aquele atuante como para os que não o fazem. Porque os que exageram na dose acabam afastando o artista de todos!!! Se ele está ali disponível para todos, por que apenas uns precisam de mais privilégios que outros? Todos são iguais perante ele.

Mas quem é fanático não consegue ver as coisas por essa via. Precisa sempre chamar mais atenção (se fosse somente para o artista...) mas precisa berrar em público, misturando a exibição do artista com a exibição do fã, tentando ficar praticamente no mesmo pedestal e esperando que outros sigam seu exemplo ou, que na mais franca das hipóteses, seja invejado e admirado.

Sou contra essas coisas todas. Entendo. Juro que entendo! Juro que entendo a necessidade irracional de arrancar até cabelos. Juro porque tenho lá as minha manias. Mas prezo e prego a discrição. Não quero ser amiga íntima do artista (confesso, vontade não falta) mas que adianta? Os limites existem. Melhor ser reconhecido como um fã presente, atuante e carinhoso, do que um fã pedante, carente e exibicionista. Desde cedo sempre faço minhas escolhas e desde quando escolhi (por exemplo) ser fã de IT eu sabia que precisava seguir pelo caminho da discrição. Não é bom (e é totalmente desnecessário) ultrapassar os limites.

Nos shows do VivoRio e do Tom Jazz vi públicos totalmente diferentes e interessantes. Mas se há semelhanças no bom, também existem nos ruins. Eu apenas sei de algo: que a minha artista continue a me reconhecer e me receber em seu camarim. Que continue tendo paciência com todos e mais variados tipos de fãs! E sinto por aqueles artistas que antes recebiam seus fãs e não o fazem mais. E sinto mais ainda por aqueles que nunca receberam seus fãs.

Isabella Taviani e Luiza Possi no Tom Jazz cantando "Outro mar"

Me desculpem a tremedeira... mas o lugar não era dos melhores... rs Espero que gostem.

Isabella Taviani - Tom Jazz - 02/10 - O SHOW

Estar presente em um show da Isabella Taviani é algo único! Sou fã nova, contando com o de ontem, fui "apenas" a sete shows, todos da turnê mais recente. Mas, por mais incrível que pareça, a cada novo show que vou, parece sempre a primeira vez, porque cada show tem um gosto único que somente a artista Isabella Taviani pode proporcionar!

Estou aqui, 07h00 da matina, não dormi ainda. Saí do show, não tinha como voltar pra casa, chamei uma amiga do peito pra me fazer companhia pós-show. Esperei tudo voltar a funcionar, voltei pra casa e antes de começar a fazer qualquer outra coisa, estou aqui para postar a emoção, antes que ela comece a se perder em lembranças!

O show desta noite foi diferente. Diferente porque não era um show de banda completa (como foi no Circo Voador, Via Funchal e Vivo Rio), diferente porque não era um show com violões (como foi no Sesi Centro, Estádio Engenhão e Tom Jazz, ano passado). Desta vez, eram dois violões e um piano! Que diferença isso fez na apresentação das canções! Como a Isa mesmo disse, ficou mais elegante. Ficou mesmo!

Muitas canções tiveram arranjo acústico com um toque clássico. Assim ouvir O tudo que é nada, Iguais (solo lindo de Renato Fonseca no teclado, já que no original e em shows de banda completa, Marco Vasconcellos rouba a cena!) e mesmo a surpresa Chuvas de Verão, de José Augusto, ficaram deliciosas de ouvir... e cantar!

 Isa voltou muito ao repertório do primeiro CD. Eu, particularmente, estava numa ansiedade danada de ouvir Pontos Cardeais (nem eu aguento mais falar dessa música... rs) e imaginando que ela tocaria no segundo dia, já que não tocou no primeiro. Não... a surpresa maior entre os dois shows foi que no primeiro dia ela cantou uma música do Cartola e no segundo cantou Diga sim pra mim duas vezes (por causa da gravação da Nova Brasil [hum, vou descobrir o que é isto! rs])

O público paulistano é engraçado... mais contido, diria que... canta menos??? haha não fiquem bravos comigo! Cantaram sim, muitas músicas, mas a vibe, a energia de um público carioca é diferente, ainda vou descobrir o que é! rs O show foi lindo, romântico e intimista. Peninha mesmo quem não pôde estar presente... porque perdeu! rs Como sempre, perdeu!

Bom, show cabou e eu ansiosa pra perguntar pra IT por que não cantar Pontos Cardeais. Confesso que, após ouvir os dois shows (sexta no twitcam e sábado ao vivo) percebi que as músicas estavam... românticas e... soltas de alguma forma. Pontos Cardeais (se fosse cantada) pareceria tão perdida ali à medida que ela avançava no show. De alguma forma, parecia ter sentido. Quando fui falar com a Diva, ela apenas confirmou o que eu tinha pensado... me deixando com uma esperancinha de ouvi-la num futuro! Quem sabe?!

Isabella querida, mais uma vez, obrigada por tudo, tudo, tudo, tudo. É inefável ser uma fã de uma artista como você!!!

E a vida segue...

Ontem reparei em uma árvore, que fica no quintal do vizinho, e que existe desde que meus pais se mudaram para cá, em 1988.

Observando-a, lembrei que essa mesma árvore continua aí, dando uns frutos (que nunca sei o nome) e que às vezes servem de suco aqui em casa. Ela continua florindo, perdendo as folhas, florescendo, sujando o quintal, servindo de pousada para passarinhos de todas as espécies, cenário para observar pôr-do-sol.

Acho que muito do sentido da vida que tanto perdemos é este... como esta árvore. Um exemplo para mim.

Isabella Taviani - Tom Jazz 01/10

Eu não pude estar presente neste show, mas deixo aqui para vocês verem e reverem, a megacortesia da Nova Brasil FM que fez um twitcam e transmitiu o show ao vivo. Amanhã, será a minha vez de estar lá e espero curtir a minha favorita "Pontos Cardeais" que ela não tocou hoje. Aliás, interessante o setlist do primeiro show, muito romântico, cheio de canções do primeiro cd. Quem não foi... perdeu. Amanhã, tô lá! Ops, na verdade, mais tarde!

O amor e o fanatismo

Estes dias tava lá tuitando quando a querida (e sempre sumida) Cláudia Bertrani veio me incentivar a falar sobre o amor fanático. Eu disse a ela que poderia levar pedradas como a Geni. E ela apenas me disse: "Cachorro late e a caravana passa!". Bastante motivador, não?

Já que tenho twitter e facebook como ferramentas para acompanhar meus artistas favoritos, invariavelmente acabo acompanhando os seus respectivos fãs. E invariavelmente tenho me surpreendido (deveria?) com as coisas vistas nas últimas semanas!!!

Ok, vamos à informação básica de tudo: internet e globalização mudaram a cara de tudo em todos os setores da nossa vida. Ainda me surpreeendo que em 1991 eu mandava cartas. Nessa mesma época, fiz curso de datilografia. Em 1998 mandei meu primeiro email no Bol e agora a minha caligrafia anda ficando cada vez mais preguiçosa porque apenas digito. As pessoas pararam de comprar no supermercado, as crianças só fazem trabalho pesquisando na internet. Tudo tem sua versão virtual e cada um de nós tem seu avatar.

Tudo é rápido demais, fácil demais e sem limites. Nessas horas não há firewall nem etiqueta para internet. A chamada "inclusão digital" me dá arrepios porque as pessoas não sabem ler nem escrever e caem aos borbotões na frente de um pc. As pessoas deveriam aprender a ler, escrever, visitar bibliotecas públicas (como fiz minha vida toda), não reclamar que não tem dinheiro pra ler, porque isso não é desculpa na hora de comprar Diário de S.Paulo, Lance ou Sou mais eu.

Assim, me assusta quando os fanáticos caem na rede diante de seus artistas. Quer dizer, artista que é artista precisa estar preparado para tudo! Faz parte da profissão. Esses fanáticos podem vir de todos os lugares, da inclusão digital ou da sua faculdade mas têm uma característica em comum: não admiram seu artista, louvam, colocam ele num pedestal em que certo e errado não existem, ele se torna norte e sul, alimento da alma.

O Merovíngio (do filme Matrix Revolutions) tem uma frase que adoro de ouvir toda vez que revejo esse filme: "Incrível como a paixão tem uma semelhança com a loucura". Coisas que apenas nós, "Os seres humanos", podemos ter.

Nesse caso, esse amor fanático se assemelha e muito com o amor religioso. Ops, pisei no calo de alguém? Desculpe, piso em ovos. Mas que tem muita semelhança, tem sim!

Assim vejo o fã diante de seu artista. Ali tão fácil e tão disponível, pela internet. Uns se atrevem a falar obscenidades, outros assumem o papel de zelador, outros querem ser amigos íntimos, outros são apenas fãs. Ocorre um verdadeiro mix de admiração, paixão, idolatração. O artista? Depende. Uns aceitam, outros recusam, outros administram bem.

A amor devocional vem sempre pintado de pureza, porque traz uma "falsa lealdade" consigo. Então, como costuma acontecer com as pessoas que amam demais, o fanático -- na minha humilde opinião -- precisa de um foco para direcionar a própria vida. Claro, ele dirá, eu faço o que quiser da minha vida. No entanto, se analisarmos bem, veremos que não é bem assim. Pois penso que quando colocamos algo no pedestal (que não seja a nossa honestidade, crescimento e aprendizado) tudo se perde. Vivemos uma vida que não é nossa. Vivemos uma realidade que pode até parecer, mas não nos pertence.

Agora, vamos às pedras ou ver apenas os cães ladrarem.