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Mais realidade, menos expectativa

Não deveria ser uma regra, mas somos seres humanos! Seres humanos, humanos, não é?

Será uma vida mais amarga viver sem idealismo? O que fazem os idealistas, nessas horas? Refugiam-se dentro de seus isolados mausoléus, na quase vã tentativa de se proteger?

Penso nessa questão: "uma vida com mais realidade e menos expectativa". E o que me vêm à cabeça? Não podemos esperar de outras pessoas enquanto não estivermos bem conosco mesmos. Porque a vida não será a amargura de viver na solidão, mas sim compreender que cada um de nós tem o direito de desbalanço para poder encontrá-lo novamente.

Não podemos esperar nada de outras enquanto não formos capazes de olhar a todos como irmãos em constante evolução. Errando, tropeçando... uns mais outros menos. Isso não é papo evangélico, pelo contrário. É papo para não tornar-se um sociopata, algo que todas nossas religiões prega com pernas mancas e falsas.

Então, no desbalanço de minha loucura admitida, aprendi uma nova lição: ninguém te golpeia com maldade. Na realidade, trata-se da oportunidade de um aprendizado que bate à sua porta dizendo: "eae, aprendeu?". E você percebe que não aprendeu. E que não é "culpa" do outro. E que, também, não é "culpa" sua. Na verdade, nunca foi e nunca será "culpa" de ninguém.

Então, que todos os deuses conspirem a meu favor para que eu tenha aprendido essa lição... para que venham outras -- que não serão mais fáceis ou mais difíceis, que não serão mais brandas ou mais cruéis. Apenas será aquilo que preciso para me tornar um ser humano melhor.

Quando algum de vocês, leitores queridos, passar por isso: pense nisso.