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Retrospectiva 2013

É!
Mais um ano está acabando.
Mermão-mano-brown: quantas coisas aconteceram.

Eu escrevi e reescrevi trocentos posts. Refleti e re-refleti muitas vezes. E cheguei à simples conclusão de que o mais fácil seria isso que direi agora.

É um imenso desafio, nesta vida no planeta Terra, sermos nós mesmos de verdade!!! Não podemos ser.
Porque nós PENSAMOS que somos quem devemos ser. Mas, na verdade, somos uma fração mixuruca de um imensa ilusão que vivemos e que não temos um milésimo de consciência.

Somos todos um grande panelão de sopa insípida vivendo como sapos sendo cozidos lentamente em banho-maria!

***

Primeiro desabafo... ah! :)

Outra coisa, este foi um ano de imensas decepções. Pessoas me decepcionaram em diversos níveis. Ouvi coisas que não esperava ouvir e vivenciei coisas que não esperava vivenciar. Como assim?

O mais engraçado foi viver tudo isso em um período no qual decidi ser mais receptiva, mais aberta, menos exigente, menos intransigente, menos chata, e com MUITO-MUITO menos expectativa.

E, como brincadeira, parece que as coisas se revertem de maneira misteriosa. Pois a partir do momento que decidi aceitar, digamos que as coisas aconteceram da pior forma oposta. Talvez seja um resgate cármico? Talvez seja uma lei da atração. Sei lá.

"SEI LÁ" é uma expressão que tenho usado com frequência.

Porque as pessoas não dizem isso explicitamente, porque é mal-educado e politicamente incorreto, mas ninguém tá nem aí pra vc. Uns mais, outros menos, mas eis uma realidade chocante. Por isso — e talvez por isso — seja mais fácil viver em negação. Viver apenas sob efeito de álcool, fumo e outras drogas ilusórias. Dãã... é bem mais fácil sobreviver assim, né?

Eu não fumo, não bebo, não me drogo e sou viciada em chocolate. É muito difícil viver cordialmente num mundo como o nosso. Bem, seria difícil viver em qualquer época sendo como eu sou.

E eis que me veio uma claridade, assim, repentina. Eu preciso voltar a ser quem eu sou. Porque o nosso mundo atual demanda altas e específicas regras para viver em sociedade. O "senso comum" varia muito de acordo com o seu contexto social, mas em geral, as regras costumam ser as mesmas.

Então, estou reassumindo ser eu mesma outra vez. Não era antes? Sempre fui, na realidade. Mas a gente se adapta para ser aceito, né? A gente faz pequenas escolhas achando que, no final, a conta será amena. Não é verdade. A CONTA CHEGA.

***
Estou me sentindo imensamente sozinha!
Eu achava que tinha amigos.
Na verdade, acho que os tenho. Mas eles estão ocupados demais com suas próprias vidas. 
Aí, como disse a Ana, precisamos pagar alguém para nos ouvir e, se possível, nos ajudar com um ouvido, uma orientação, até um conselho. Ana, que merda, isso. Estamos cercadas de tecnologia mas estão todos conversando SUPERFICIALMENTE entre si através de um smartphone. Fingindo alegria postando cards de autoajuda no facebook e no instagram, mas podres e vazios por dentro. Desesperados por um abraço. Ou, como eu, apenas querendo conhecer pessoas novas e trocar ideias. As pessoas não querem trocar ideias, Ana. As pessoas querem subir nos palanques e iludir seus seguidores.

Algumas pessoas resistem à agrura dos tempos modernos, cheios de velocidade. Jana, sempre a minha melhor amiga. Denise Y., minha amiga há mais de dez anos. Maria Helena. Cláudia B. Ana P. Enes, que só vi uma vez este ano, mas com quem divido um cumplicidade única.

(post editado) -- esqueci de incluir a minha "filha" Poliana e a querida Ju Simionato! Como pude?!

***

Abandonei muita coisa e muitas atitudes viciosas este ano. C*r*lho, como fez bem!!!

***

Acho que vem mais desabafos. OU NÃO.
Seja o que tiver de ser. Por enquanto, é isso.

La vie d'Adèle -- o azul é a cor mais quente: minhas notas

Esperei uns dias para poder escrever este post que, certamente, não será o melhor, não será o mais completo e não será o mais curtido. É apenas a minha opinião.

Fiz uma boa pesquisa pelo google e li várias críticas, gringas e brasileiras. Das brasileiras, gostei especialmente do blogue Blogueiras Feministas. Contém spoiler mas o considerei o texto mais completo e mais justo. Para quem se interessar, vale a leitura.

Também li Omelete e Rolling Stone que cito como sugestão de leitura. Ademais, digita o nome do filme em francês e vá procurar o que puder encontrar. Além do trailer, claro.

Bom, este post também tem spoiler. Então, se você preferir, veja o filme antes de ler meu post! ;)

***
Eu saí extasiada da sala de cinema, ao fim das três horas de filme (que nem pareceram três horas, afinal). A primeira impressão que ficou foi a de "wow, o 'cinema lésbico' precisava de um filme assim!". Não há peripécias nem tramas complexas no filme. E isso me chamou a atenção, pois tudo é retratado sem a pretensão de se autoexplicar. Por outro lado, é quase um documentário, os primeiros planos, a narrativa quase em primeira pessoa (mas sem narrador), todos os detalhes que captamos na personagem principal, Adèle, que narram os "dois capítulos" da vida dela.

Indubitavelmente, as famigeradas cenas de sexo são fortes. São explícitas. São cruas. Não tem trilha sonora ao fundo. Você ouve os sons. Você vê vários ângulos. Algumas críticas foram justamente sobre a verossimilhança. Bom, pense. Pode fazer sentido. Em uns momentos, parece que a cartilha do kama-sutra para lésbicas está sendo encenado. Mas, me diga, também, onde há regras no sexo? Cada um faz como acha melhor, como gosta mais. E aí quem poderia dizer se o que é mostrado é a realidade? Pode não ser a sua, mas pode ser a de alguém.

Outro ponto levantado é a questão do uso do corpo. Uma das atrizes (a dos cabelos azuis) disse que se sentiu uma prostituta. A outra (Adèle) também chegou a afirmar o mesmo mas depois parece ter voltado atrás. Elas afirmaram que foram dez dias apenas gravando cenas de sexo. Bem... não sou cineasta, não entendo desse mundo, nem poderia me atrever a querer assumir que poderia estar falando a verdade. Pode ter havido exagero? Pode. Pode ser marketing pessoal? Pode. Pode ter sido abusivo? Pode. Tudo pode.

Mas, creio eu que uma atriz ao afirmar que se sentiu uma "prostituta" parece ser meio contraditório em algum momento da interpretação, estou errada? Sei lá, se parece ter havido exagero, e o diretor estava se deleitando com duas mulheres encenando sexo, ao invés de filmar seu longa, é meio esquisito. Eu acho. Uma coisa não exclui a outra, porque acredito que um ator ao fazer uma cena sexual deva sentir algum tipo de prazer. 

Aí a pergunta que faço é: esses movimentos feministas estão errados nas suas críticas? Acho simplesmente que é complicado você querer criticar um filme por causa de cenas isoladas. Acho injusto. Em algum lugar, li uma lista de filmes com cenas de sexo (quase) explícito e de forte apelo visual. Cinema é uma arte. Você cria algo com um propósito que pode ser, também, causar esse incômodo. Tirar as pessoas de seu conforto.

O filme narra dois capítulos da vida de Adèle, conforme diz o próprio título. É uma adolescente se descobrindo sexualmente. "Me falta alguma coisa que eu não sei o que é". E ela parece se sentir completa quando se apaixona pela menina de cabelos azuis. É paixão à primeira vista, fulminante. Alguém se lembra da primeira paixão fulminante que teve? O que você fez? O que as pessoas costumam ser/fazer quando se apaixonam fulminantemente?

A proposta do diretor é mostrar um retrato real de uma menina que se apaixonou, viveu sua paixão, errou e ainda não sabe o que fazer com o sentimento que carrega dentro de si. Nesse ponto, compartilho a crítica que li e mais gostei, a do Inácio Araújo (FSP). Um trecho de seu texto diz: "A relação do cinema com a realidade, desde os anos 80 do século passado, tornou-se progressivamente mais tênue. Parece que cada vez menos os cineastas conseguem captar o óbvio: o corpo humano, seus sorrisos, sua batalha para descobrir sua própria medida, sua estatura. O que há de fascinante neste Azul-Kechiche é a veemência com que o autor, mais uma vez, afirma sua modéstia diante de suas personagens, como lhes permite, e ao mundo que habitam, se manifestarem na tela e irradiarem no espírito dos espectadores."

Altamente indicado. Para ser visto e revisto e revisto. E a atriz principal, a sagitariana Adèle Exarchopoulos, além de ser linda, tem o olhar mais pisciano que já consegui ver em um ator. Afirmo categoricamente que a personagem que ela interpreta é uma pisciana... meio irresponsável, ingênua e livre. Livre para testar, descobrir, aprender, se perder e se reencontrar.

Talvez, o que seja mais desconcertante para a maioria dos espectadores, é ver muito de nós na personagem de Adèle, mas não termos consciência o suficiente para admitir e compreender. Okay, observação minha! Mas... vá ver o filme. Só não faça como o funcionário do Espaço Itaú (Augusta) que entrou na sala só para ver a cena de sexo. Shame on you! É uma ofensa para o filme e para dos deuses do cinema. ;D

A mulher do trem

Ultimamente... vou te contar. Só quero silêncio e companhias específicas. Não sei exatamente que fase é esta, mas sei que se trata de uma fase reclusa. Me cansam o barulho, a baderna, o fútil e o inútil. Não, ao contrário do que você imagina, não me acho melhor que ninguém, nunca me achei. E não é agora que estou me achando!

Dificilmente encontro uma beleza não vulgar pelos lugares que passo. A beleza (que sempre foi plastificada) ultimamente tem tomado ares de vulgaridade obscena. Então todo mundo é igual, se veste igual e -- pior -- tem postura igual. Por isso, me assustei quando vi essa mulher no trem, hoje, a caminho do trampo.

Ela tinha grandes olhos... e eu acho tão lindo mulher com olhos grandes! Olhos lânguidos... olhos dissimulados! Poderia ser apenas que ela estivesse com sono, e talvez estivesse mesmo! Não deixei de perceber o rímel e o delineador em contornos perfeitos, realçando ainda mais os olhos e o olhar. Passei a viagem inteira tentando olhar esses olhos sem parecer que estava olhando para eles!

E ela tinha um batom cor de sangue (sem brilho) nos lábios combinando com as unhas perfeitas, esmalte da mesma cor. No dedo indicador da mão direita, um anel meio dourado meio cobre com a cara do Darth Vader! Ela era uma mulher simples, com cabelo longuíssimo que cobria as costas inteiras... mas esse anel do Darth Vader era algo definitivamente atípico!

Difícil ver mulheres "bonitas" (ponho entre aspas porque conceito de beleza é pessoal para cada um, certo?!) no trem. Mas essa mulher de hoje, com olhos dissimulados, e falsa pretensão, foi um prazer único. Tomara que eu tenha a sorte de reencontrá-la uma outra vez.

Pois é...

... a vida tem sido uma coisa bem bizarra, sabe?

Vejo tudo e não entendo absolutamente nada. 

As pessoas falam o que querem falar e ouvem o que querem ouvir. O resto é balela.




Um dos meus últimos poemas escritos

Porque nada é coincidência, mesmo encontrar um poema antigo, quase sem querer, que diz tanto sobre você agora. Eu previ meu próprio futuro ou estarei vivendo um eterno presente?

Compartilho com vocês. Escrito em 16 de agosto de 2008.



vão ilusório

Seus olhos estão fechados
e ainda assim você insiste em olhar
como se pudesse ser capaz de capturar
alguma surpresa
alguma esperança inusitada.

Seus lábios estão selados
mas ainda há algo que continua latente
alguma palavra perdida
esperança comedida
algo.

E você anda e você se move
como se o ritmo pudesse apenas
aliviar a inquietação de sua alma
mas você já sabe
que é tempo desperdiçado
o tempo que nem veio
e aquele ido.

Você pensa que você dorme
mas seus olhos continuam abertos
seus lábios continuam à busca
de uma mesma palavra
de uma mesma sentença
um alívio para ignorantes
um vão de conforto
ilusório.

E os dias se passam
entre estranhos conhecidos
desejos declarados e sonhos esmorecidos
até tudo girar
e fazer parte do esquecimento
até tudo girar
e voltar como algum fardo
esquecido.

E assim somos, eu e você,
faça sua arte e eu farei minha poesia
voltaremos a caminhar
como se nada tivesse acontecido
como se apenas pudéssemos
fingir
e sorrir
num vão ilusório qualquer.


Os profissionais do livro - parte 1

Estou com umas ideias germinando há tempos. Mas nunca achei que o momento de transformar ideias em palavras. Um misto de modéstia com insegurança, talvez. Não mais.

Espero estar equivocada, mas sinto uma imensa lacuna nessa coisa toda de produção editorial de livros. Vejo partes deslocadas falando por si próprias. Alguns tentam dar liga. Outros tentam defender o próprio peixe. Tem alguém certo ou errado? Sim e não! Fato é que há muita opinião circulando por aí. Muitas coisas interessantes e muitos equívocos, também.

Como fiz nos posts sobre currículos (veja o 1 e o 2), tentarei destrinchar em duas partes a minha opinião sobre o assunto. Meu único objetivo é tentar esclarecer essas lacunas e compartilhar minha opinião. Não tenho a palavra final, não tenho a fórmula do milagre -- diga-se de passagem.

Inicialmente, queria compartilhar links de três pessoas em específico. Acredito que esses profissionais -- cada um em sua área de atuação e com suas experiências pessoais -- trazem questões importantes que gostaria de comentar.

A primeira é a Aline Naomi. Seu blogue Breves Fragmentos tem uma label interessante: "Histórias que os tradutores contam" que vale a leitura.

O William Campos Cruz também fala bastante sobre revisão e tradução no seu blogue Esboços, Rascunhos e Ensaios: Sobre o ofício do tradutor, Do outro lado do balcão, Antes de meter o bedelho e As virtudes do profissional do texto.

Por fim, Carolina Caires Coelho escreveu no blogue Ponte de Letras outro texto interessante que merece ser lido: Copi malquisto.

Sugiro que o leitor interessado em ler o que escreverei em seguida, vá antes a cada um desses links e leia o seu conteúdo atentamente. Não se trata de fazer um trabalho de mestrado, mas de leituras que abrirão possibilidades, compreensão e diversos pontos de vista.

Isso posto, vou me apresentar! Para quem tiver curiosidade e/ou quiser me adicionar no LinkedIn, clica aqui.

Meu nome é Cristiane Maruyama. Trabalho em editoras desde outubro de 2001. Comecei como estagiária na Editora Manole onde trabalhei por 7 anos. Bati muita emenda, fiz muito índice remissivo e fiz muito checklist por lá!

Fiz graduação na Universidade de São Paulo em Letras com habilitação em Português. Quase enveredei pelas sendas da Teoria Literária mas desisti da vida acadêmica. 

Nunca fiz nenhum curso de apoio. Todo o meu aprendizado foi empírico. A base toda de minha formação como profissional do livro foi no meu primeiro emprego. Lá fui estagiária e com o passar dos anos cheguei a ser Subgerente Editorial. Trabalhei em todos os departamentos: jurídico, saúde, traduções. No meu último ano, ajudei a estruturar o selo Amarilys, ainda em formação naquela época.

Depois trabalhei na Editora Contexto por um ano e meio. Fui freelancer home office por um ano e trabalhei mais um ano e meio na É Realizações. Atualmente, sou Editora de Ficção, Não Ficção e Gastronomia na Companhia Editora Nacional.

Como profissional do livro, minhas áreas de atuação são: gerenciamento de equipes, fluxo de produção, coordenação de cronogramas na questão prazo versus qualidade, trabalhar com recursos humanos (aplicação de testes e contratação de pessoas), avaliação crítica da qualidade textual de traduções e revisões de tradução.

Ou seja, como esse minicurrículo diz, gosto de colocar a mão na massa. Gosto de entregar para a gráfica um livro com qualidade. Quando estou trabalhando num projeto, este é sempre o meu objetivo maior.

Pois bem.

Agora uma questão crucial que gostaria de levantar: quem aqui já fez o curso de Produção Editorial -- passo a passo da Laura Bacellar? É um curso interessante e voltado a aquelas pessoas que desejam conhecer como um livro sai do formato word para um impresso em gráfica. Acredito que é importantíssimo para todos os profissionais envolvidos compreenderem esse funcionamento.

Eu tive a oportunidade de acompanhar a Laura Bacellar por um curto tempo na É Realizações. Naquela época percebi que, mesmo não tendo feito o curso, sempre agi de forma correta (como produtora editorial), de acordo com o que era ensinado em seu curso. Tive acesso a duas apostilas (do mesmo curso, mas diferentes em seu conteúdo) e agreguei informações preciosas.

Ou seja, primeira observação: não importa que tipo de profissional você seja dentro de uma editora (ou fora dela) -- faça esse curso, leia a apostila. Quando você tem acesso ao todo, é mais fácil compreender as particularidades.

Quando você conhece o todo, você pode se aprofundar, você pode sair e olhar por cima. Você consegue se colocar no lugar de cada profissional em cada etapa da produção. Empatia profissional, nesse caso, é crucial para determinar qual postura você assume diante dos mais variados problemas.

Em um modo bem (beeeeeem) simplificado colocarei a sequência básica de como um livro sai da ideia para se tornar realidade (o exemplo aqui, no caso, é de uma tradução):
1) uma editora tem um projeto editorial e verba para colocar esse projeto em prática
2) escolha de um original que se encaixe no perfil de publicação
3) compra dos direitos de publicação
4) tradução do livro
5) revisão da tradução do livro
6) diagramação do livro
7) revisão 1 da prova diagramada do livro
8) revisão 2 da prova diagramada do livro
9) finalização de capas, miolo etc
10) conferência de plotter
11) livro impresso e pronto

Não considerei diversas etapas importantes. Queria apenas focar nas citadas, porque envolvem os componentes que gostaria de analisar: EDITORA > EDITOR > TRADUTOR > PREPARADOR > REVISOR. 

Se vocês leram -- e espero que tenham lido!!! -- os links acima, já vão entender o porquê de eu ter escolhido apenas essas etapas, porque envolvem determinados profissionais e porque envolvem questões as quais eu reflito há muito tempo.

Essas minhas opiniões já são conhecidas por amigos próximos. Agora é o momento de compartilhar publicamente. Quem sabe não vira um curso num futuro próximo?

Bom, então no próximo post eu escreverei detalhando mais as questões abordadas nos links citados. Até breve!

outro dia qualquer

Ultimamente, furacões de pensamentos e sentimentos indistintos, indissociáveis, irrefutáveis e inenarráveis têm se apossado de mim. Um dia nunca é igual ao outro. Não buscamos a perfeição da constância, porque isso é imoral nos dias de hoje. Dias de hoje? O que não está invertido? O que não está perdido?

Venho pensando na palavra “maledicência”. Se alguém fala mal de alguém para você, essa pessoa fatalmente falará mal de você para outrem. Não é?

Também uma palavra está reverberando em mim: expectativa e decepção. Como viver sem criar expectativas? E por que as pessoas nos decepcionam mais do que nos surpreendem?

Vivemos tempos estranhos... tenho preferido o silêncio a qualquer outra coisa. Tenho preferido a observação a ação. Tenho preferido a reflexão interna a pura prolixidade.

Eu confesso que crio expectativas! Mas uma expectativa frustrada é uma realidade decifrada, também. Eu tenho uma tendência muito grande a viver num mundo de ilusão... ainda vou achar o meio-termo do idealismo e a realidade.

Este é um post sem objetivo específico. Post de blogue, mesmo. Estou pensando que gostaria, talvez, de ser uma pessoa comum, sob duras camadas de “ignorância” porque a ‘ignorância é uma bênção’. É ou não é?

Enfim... no meio dessa tormenta, fico feliz em saber que as mesmas pessoas de sempre continuam ali ó... sem me julgar, sem me questionar, sem inventar futricos ou dizendo coisas porque não me entendem e... talvez não queiram entender. Não são nem uma palma de mão. É isso aí!

Aproveitando os últimos dias frios desta nova primavera. E feliz aniversário para a minha cantora eternamente favorita: Isabella Taviani! ;)

Novos tempos... hora de um novo post!

Faz um bom tempo desde meu último post. Tempo que gastei com silêncio, muita observação e muita reflexão.

As aulas de Astrologia estão maravilhosas. Acho incrível quando tempo a oportunidade de ampliar nossa forma de pensar, nossas conexões mentais, criar novas conexões, aprender novas teorias, observar novas situações, repensar nas antigas... a Astrologia tem me feito olhar o macro sobre o micro. E... taí uma coisa de que gosto MUITO.

Nesse ínterim, muita coisa também aconteceu. E nem vou comentar porque não vem ao caso. Mas quero repassar algumas coisas... que, sim, essas nunca mudam!

Quanto mais o tempo passa, mais me certifico e compreendo quem sou. Não sou comum, não sou "igual" à maioria. Nas diversas fases da minha vida, isso sempre trouxe coisas boas e ruins. Quando criança, não me restou trauma maior. Porém, na adolescência, sofri muito bullying. Depois fui achando meu meio-termo.

Hoje em dia, não tem jeito... e fico pensando nesses fatos à luz da Astrologia. Eu, que sempre busquei meu autoconhecimento, vejo o quanto nada sei sobre mim mesma. Ainda?! Como assim?

No entanto, como diz meu professor de Astrologia, a gente sabe... a gente sabe tudo. O que a gente não sabe é se aceita ou não. E, nisso, haja psiquiatra, psicólogo e todos os profissionais afins que lidam com a mente humana. Ah!

Para finalizar, fatos (re)aprendidos:

1-) não sigo ninguém. Não sigo líderes, não sigo gurus, não sigo pessoas, não sigo chefes. Não sigo pessoas que se autodenominam chefes/donos de alguma coisa. Não sigo pessoas que se dizem a solução para os meus problemas. Não sigo pessoas que tenham ou não tenham nada para me oferecer. NÃO SIGO.

2-) não puxo saco de ninguém. Não bajulo as pessoas porque elas tenham algo para me oferecer. Não bajulo pessoas que não tenham nada para me oferecer. Não puxo saco das pessoas para obter privilégios. Não puxo saco das pessoas para me sentir querida. Não puxo saco das pessoas para me sentir inserida em um grupo. Não puxo saco das pessoas para depois tomar-lhe os empregos. NÃO SOU PUXA SACO.

3-) não gosto de participar de grupos. Não gosto de participar de grupos só para dizer que faço parte de algum grupo da porra. Não gosto de ficar com sorrisos amarelos (ou lindos, no caso, serão fingidos) para dizer que uma conversa está agradável e, porque estamos num grupo, não podemos dizer que não está. Nunca gostei de fazer trabalho em grupo na faculdade, pelos motivos óbvios. O bando favorece os egos, e o preço a se pagar é ter o seu eu apagado pelo líder, portanto, não gosto de bandos. O grupo é o futuro, mas o agora é o individual. Ainda não sabemos ser/agir em grupo. Não temos propósito coletivo, apenas necessidade de carência pessoal. Portanto, NÃO GOSTO DE FAZER PARTE DE GRUPOS.

4-) Entre o silêncio e a verborragia, prefiro o silêncio. Gastamos nossa energia à toa falando para convencer pessoas que não querem ser convencidas. Gastamos nosso tempo falando com pessoas que nem estão ouvindo o que estamos falando. Cometemos o pecado de falar para tirar vantagem sobre outrem. Falamos para manipular as pessoas a nosso favor. As pessoas "falam demais porque não têm nada a dizer". Mas esta não é uma carta contra os verborrágicos/prolixos. É apenas o meu direito de dizer que RESPEITEM O MEU SILÊNCIO.

Tá bom por enquanto, né?
Paz e amor.

Flores Raras - o filme

Farei breves comentários sobre o filme Flores Raras de Bruno Barreto inspirado no livro Flores Raras e Banalíssimas -- livro que ainda não li e filme que vi no último fim de semana. Como todos sabem, o livro e o filme falam sobre o relacionamento intenso vivido entre Lota de Macedo Soares e Elizabeth Bishop.

Adorei o roteiro, fiquei encantada com a atuação de Gloria Pires e Miranda Otto. A adaptação para o Rio de Janeiro nos anos 1950 e 1960 foi fantástica. O filme não carrega no tom dramático -- mesmo sendo um drama. Para mim, o único pecado foi a edição de algumas cenas. Especialmente quando o take era sobre Elizabeth Bishop. Dez segundos a mais seriam o suficiente antes de um corte brusco. Não vou me recordar as cenas exatas, mas me recordo do teor intenso e profundo de um take com Elizabeth Bishop sozinha. Um fala num curtíssimo monólogo. Mais dez segundos de câmera filmando seriam perfeitos. Porém, há o corte brusco. Cinco minutos depois, eu ainda refletia sobre a cena enquanto a história seguia.

O filme é bem contado, não se perde em si mesmo, tem cortes equilibrados. Eu diria que essas duas, três cenas foram pequenas falhas de comunicação entre diretor e edição. Não haveria exagero na carga dramática com mais tempo antes do corte. Mas o corte brusco -- a menos que seja proposital -- causa estranheza. As cenas seguintes passam despercebidas enquanto o eco da cena anterior ainda retumba. Pelo menos para mim.

Confesso que nunca me interessei pela história de Bishop e Lota. Confesso, mais ainda, que fujo de filmes cujo tema seja romance dramático entre duas mulheres. A produção cinematográfica sobre lésbicas (salvo exceções) costuma girar em torno da dicotomia amor x dor. E eu não acho que a apenas isso devesse ser filmado. Precisamos de mais histórias leves e comuns -- como toda forma de amor é. Mas, deixemos isso para um outro post.

Confesso que eu também andava fugindo dos dramas. Há anos evitava os filmes dramáticos -- com um motivo bem simples: minha vida estava bastante dramática. Talvez, por isso, tenha demorado a ver Flores Raras. Mas me rendi e fui.

E chorei... o pouco que vi sobre Elizabeth Bishop me remeteu a todas as dores que eu já senti como poeta. E, nisso, apenas os poetas entenderão. A intensidade nos versos, na forma de sentir e viver a vida, na maneira de amar... isso entrou como seringa quente nas minhas veias. Minha verve poética que considerei estar enterrada, ressurgiu tão forte. Eu me vi nua na tela do cinema. Num roteiro adaptado de um livro que eu não li e de uma história que eu desconhecia, eu me vi. Foi catártico.

Assim que eu tiver acesso ao filme, eu posto a fala exata que arrancou meu coração de mim. Enquanto isso, a quem não assistiu ao filme ainda e queira se emocionar com uma história de amor... vá ao cinema. Privilegia o cinema brasileiro! É um amor lésbico? É. Mas, no amor e na dor, na vida e na morte: não há gênero -- somos todos iguais.


Às vésperas da primavera

O inverno praticamente já se foi. Os ares da primavera, vindos com a chegada do sol em virgem, estão trazendo novas perspectivas.

Estou vivendo dias totalmente inéditos! A sensação -- e a realidade! -- de ter uma nova chance de fazer diferente, de errar diferente, de ser diferente! DE SER EU MESMA cada vez mais!

No entanto... confesso: sou intensa. Sou muito intensa. Intensa no sentido de tudo ser questionado. Intensa de tudo ser analisado. Nada passa despercebido. E, se passou, é para o bem da minha sanidade mental! É uma escolha deliberadíssima!

As pessoas continuam estranhas... muito estranhas. Pro bem ou pro mal, continuo tendo uma relação de amor e ódio com o ser humano. Esses dois sentimentos... graus diferentes do mesmo princípio. Eu continuo tentando entender o ininteligível, continuo tentando captar o invisível, caminho na tangente insana da serenidade. Vou do passado ao futuro em milissegundos. Imagino, verto, cuspo, injeto nas veias outra vez.

Hoje pensei que escreveria um poema. Há anos não tenho versos no cérebro, mas hoje, diante da falta de prosa, a poesia pareceu querer ressurgir. Virá algo? Quem sabe?

Não gosto da mesmice. Não gosto das palavras iguais e, pior, atitudes iguais: sempre o mesmo "ser-e-estar". As pessoas têm medo de ousar!!! Por que? Você saberia me dizer por que? As pessoas preferem ser o insosso-vulgar-arroz-com-feijão. Eu nunca fui a rainha da ousadia mas também não sou a bela estátua de princesinha conservadora mas pousando de moderninha. A moda (de ser e de atitudes) agora está bem chata nesse sentido!!!

Na falta de amigos novos -- porque, por Deus, é uma dureza conseguir fazer amigos novos!!! -- voltarei a algumas amigas que me amam incondicionalmente, que viram o meu pior e o meu melhor e estão ainda, perto ou longe, comigo. Isso é uma dádiva. E fico feliz em saber que não preciso de facebook ou twitter para encontrar, ter e manter amigos!! THANKS GOD.

Minha mente está a mil, meu coração acelerado. Meus desejos, intensos... e minha voz... silente. Não vou dizer que gosto de ficar calada porém tenho uma regra que aprendi a custo de muita dor, lágrimas e sangue: "não tem o que falar? Sorria, abaixe a cabeça e cale a boca!".

E é isso. Sem celular, sem mídias sociais. Cara, isso não faz falta nenhuma na nossa vida!!!

Ops!

Perdi meu celular pros duendes misteriosos que roubam tudo e deixam você se perguntando: "como e onde foi que eu perdi isso?" Não sei, mas perdi.

Bom pra ficar ainda mais longe da vida internética e smartfônica. Novo celular, claro, está sendo providenciado!

Enquanto isso...


E então?

Eu queria novos amigos. Eu quero. Eu preciso.

Mas em um mundo como o nosso, onde estão essas pessoas?

Pois é. Você conhece todo mundo, mas não conhece ninguém a fundo. E, pior, ninguém te conhece. Ninguém sabe de você.

S. sempre dizia que não conseguimos fazer amigos depois dos 30. Por Deus... lembro que a gente ficava ponderando e chegando à mesma conclusão: não. Não fazemos amigos depois dos 30.

Mas toda regra tem sua exceção e eu encontrei algumas exceções. No entanto, agora, 36 anos na cara, estou me questionando se a regra se consolidou de vez. Será?

A vida virtual tem suas inúmeras vantagens! Porém, tenho sentido falta do tête-à-tête, sabe? Tenho sentido falta da honestidade. Tenho sentido falta da coragem.

Por um período temporário mas sem data específica ainda, cancelei minha conta no facebook. Necessito de MUITA distância daquele baile de máscaras cujos personagens são semiloucos, narcisistas, aproveitadores e fúteis em ação. EXAGERO? Pode apostar que sim! E ainda assim é uma escolha. Minha.

Vou postando por aqui. Se você, leitor aleatório, aparecer por aqui e deixar um comentário, saberei que é meu amigo além das linhas (quase) inescrupulosas do fb. Vou adorar receber e ler esse comentário!

E é só por hoje. Até amanhã, outro dia. Outro dia qualquer.

Life comes full circle

Um post pretensioso?

Ontem fiquei sabendo de algo que me arrasou. Mesmo. Uma notícia que, mesmo depois de um ano, achei que não fosse me abalar como me abalou. E abalou, abalou mesmo. Abalou. Por que? Eu tenho uma coisa chamada "ingênua confiança no melhor das pessoas".

Mas ter isso é maravilhoso! Só não é quando a vida passa e as máscaras das pessoas caem como folhas de árvores que precisam ser trocadas. As árvores, aliás, têm propósito. E as máscaras das pessoas? O que você pensa disso?

Eu penso que a vida é ironicamente engraçada! 

Eu fiquei sabendo da tal notícia e ela estragou meu almoço. Estragou parte do meu dia. Fiquei pensando em um monte de coisas, um turbilhão de sentimentos ocupando minha mente no lugar de outras que deveriam estar lá, mas não estavam!

Porém, o grande barato da vida é observar os detalhes! Uns me detestam porque sou detalhista e minuciosa, perscrutadora e observadora. Desculpe aos meus caros que pensam isso de mim, mas sou assim mesmo. E se não fosse os detalhes, provavelmente eu perderia a oportunidade de ver oportunidade onde todos veem desgraça. Eis o meu lado otimista que nunca morrerá!

O post está misterioso porque não darei nomes aos bois, não mesmo! Os mais próximos saberão e mesmo que não saibam, deixa pra lá. O que importa, agora, é dizer que foi bom ter expurgado a raiva, vomitado aquilo que ainda jazia dentro de mim e, provavelmente, extirpado os últimos resquícios de mágoa. Mágoa é uma merda.

O horizonte agora que nasce diante dos meus olhos é de muitas cores, imagens, sabores, texturas e sons! Minha mente está profícua. Meu coração está caloroso. Meu lado social está feliz. Meus desejos estão pareados com meus mais secretos sonhos. Nunca -- em toda a minha vida -- tive uma felicidade tão completa.

E a grandeza disso é que não precisei deixar de ser eu mesma em nenhum segundo! a maravilha de ser você mesmo 100% do tempo, sem -- para isso -- magoar as pessoas, trapacear as pessoas, puxar o tapete das pessoas. O equilíbrio do meu nodo norte em libra.

Dizem que não se deve fazer propaganda da própria felicidade. Será? Penso que as coisas boas precisam ser compartilhadas. O que é seu por direito nunca sairá de suas mãos!

Obrigada a todos os velhos e bons amigos, nomináveis e não nomináveis e às pessoas novas que entraram recentemente em minha vida! 


Reflexões

Meu ascendente nesta revolução solar está me deixando falante! Obrigada, Sagitário! As palavras têm brotado na minha cabeça em torrentes que me deixam com a seguinte sensação: tudo é tão óbvio! Como e por que as pessoas não conseguem ver?

Estou vivendo um momento muito profícuo em minha vida. Trinta e seis anos são isso, afinal? Essa roupa maleável, meio gasta, mas muito confortável que me veste tão bem e diz quem sou?

Meu passado parece aqueles quebra-cabeças com 10 mil peças que vão se formando a cada dia, trazendo uma nova figura pronta, uma nova textura. Encaixadas, parecem trazer sentidos novos às outras figuras. Não é um mosaico frankenstein diante de meus olhos. Acho que nunca vi tudo com tanta claridade!

E a mais clara de todas as coisas: precisamos do outro para sabermos quem somos! No  isolamento deliberado ou arbitrário, podemos até chegar à mesma conclusão. Mas ela vai demorar mais e será mais sofrida, dará mais voltas e você terá a chance de se perder.

Quando temos o outro, estamos diante da mais pura oportunidade de: nos reconhecermos, de nos vermos, de escolhermos, de fugirmos ou de termos coragem. O olhar o outro é um exercício que melhora com a maturidade (em geral). E com a maturidade, você deixa de ver outras coisas para ver novas.

Está tudo muito metafórico e metafísico... mas não tenho melhores palavras para descrever isso. Estou aqui, madrugada de sábado, 01h15, ouvindo Pink Floyd e falando com uma tela. Mas é para mim mesma, ainda assim. E para quem se atrever ler isto aqui.

Enfim... apenas queria compartilhar com quem quer que leia este post, que uma nova fase se instalou de vez em minha vida. Vários demoninhos estão sendo apagados e estou tendo a oportunidade -- de verdade -- de perceber que ser quem sou é muito melhor do que eu poderia imaginar em meus desejos mais insanos!

Essa merece post! ;)

Sexta-feira, 16 de agosto, dia aleatório.

Nem queria, mas resolvi comprar jornal. Não um, dois. Folha e Lance!. Sim, sou leitora do Lance!, não conheço nenhuma outra mulher que gaste R$1,50, com certa frequência, para ler notícias sobre futebol, especificamente.

Bem, eu gasto!

Estava lendo, folheando o jornal dentro do ônibus a caminho do trampo, quando de repente levo um susto! Na coluna do Álvaro Oliveira Filho, vejo uma foto conhecidíssima! E o título do texto? "O EXEMPLO DE ISABELLA".

WOW! Li em trinta segundos o texto. Muito bem escrito, fala sobre a verdadeira relação de amor de um torcedor com o seu time de futebol do coração. Álvaro relata que dias atrás, escutou a Isabella dar uma breve entrevista à radio CBN pouco antes de um jogo e entre Botafogo e Cruzeiro pelo Campeonato Brasileiro. A IT é muito conhecida no meio futebolístico por participar de programas, dar entrevistas, comentar mesmo! E o que eu mais gostei dessa matéria é poder apresentar aos leitores/torcedores paulistanos a visão de uma artista cujo mote maior é sempre o amor, em quaisquer circunstâncias -- e ainda mais como torcedora de futebol! Torcer pelo seu time é o que importa. 

Coincidentemente, penso da mesma forma. E desde a finada época de colunista esportiva do Parada Lésbica (escrevi uns 4 textos apenas), já criticava a relação fanática que perpassa os limites de 'ser' humano. Bom, a história toda mostra quais são as consequências de atitudes fanáticas. Quem sabe, não trago este texto de volta, já que ele não está mais disponível online.

Concordo com Álvaro e concordo com IT: "O futebol precisa de torcedores apaixonados, mas saudáveis. Que estejam sempre prontos para servir a seus clubes, e não para se servir deles."

A seguir, uma fotinha tirada do jornal e um vídeo meu, quando fui vê-la cantar no Engenhão! (nesse dia o Fogão goleou o SPFC por 4x1!!!)  ;)














Dicas para criar um bom currículo para editoras - parte final

Primeiramente, queria agradecer a todos que visitaram meu blogue nos últimos dias! Fiquei muito muito feliz com o número recorde de leitores. Obrigada!

Aqui finalizarei as minhas dicas para criar um bom currículo para editoras. No post anterior, abordei a parte visual. No post de hoje, falarei sobre conteúdo.

Por exemplo, é crucial que você crie currículos diferentes para objetivos diferentes, empresas diferentes. Se as suas pretensões não são acadêmicas, não cometa o pecado mortal de copiar e colar o seu lattes no word e disparar para editoras. Esteja certo: vai direto pra lixeira.

É importantíssimo saber o seu objetivo. A partir daí você incluíra ou não determinadas informações e adaptará o seu currículo de modo a deixá-lo atraente para o examinador. Visual e conteúdo precisam estar alinhados.

DICA 1: currículo não é fichamento de sua vida. Dispense as informações inúteis.
E o que seria uma informação inútil? RG, CPF (e há quem escreva CIC!!!!), título de eleitor, certificado de reservista: SE você for contratado, o RH vai pedir cópia e original dos seus documentos. 
Também é informação inútil dizer que você concluiu seu ensino médio numa escola particular bacana. Por incrível que pareça, isso é muito comum. Porém, você acredita que isso possa ser relevante mas, na prática, só serve para ocupar espaço que poderia estar dedicado a algo realmente importante.
Não inclua experiências anteriores "queima filme". Por exemplo, trabalhar com telemarketing, caixa de supermercado, atendente de farmácia etc etc etc. A menos que seja um currículo para vaga de estágio (e olhe lá), exclua totalmente esse tipo de informação.

DICA 2: organize as informações do seu currículo
Não esconda o diamante do seu currículo na última linha da última página. Dependendo do estado físico do examinador e dependendo de como você compôs o seu currículo, você corre o sério risco de ser dispensado injustamente. Quer dizer, não é tão injusto assim, porque afinal a falha de organizar o seu currículo assim foi sua.
O "diamante" é classificado de acordo com o objetivo que você tem. Se for um cargo fixo dentro da empresa, pode ser interessante colocar suas características pessoais e um brevíssimo (brevíssimo mesmo) resumo de como você colocou em prática aquilo que diz que tem. Por exemplo, capacidade de trabalhar em equipes. Diga como você é capaz de trabalhar em equipes em experiências profissionais reais.
Se for um cargo de tradutor freelancer, por exemplo, é indispensável que você deixe bem claro: suas áreas de atuação e os idiomas que você trabalha. Porque, meus caros, não existe tradutor faz-tudo. Quem "faz- tudo" (com ressalvas, ainda) é o Google Translator.

DICA 3: não minta!
Se você não tem inglês avançado, não coloque. Se você não tem experiência na área, não invente! Dizer que tem "anos de experiência" na área como autônomo pode até ser verdade. Para não dar o direito da dúvida, explique sucintamente onde e como. Se ficar esquisito, exclua, porque mentira tem perna curta e se ela aparecer quando você menos esperar, pode se queimar no mercado sem necessidade, certo? 
Se não conhece algum software, não diga que sabe.
E pelamordedeus: se você não estiver se candidatando a uma empresa gringa multinacional que tenha apenas funcionários "importados" (ou uma vaga para morar em outro país), NUNCA coloque: "português -- nativo". Isso é motivo suficiente para seu currículo ir para a lixeira!
Regra de ouro: não minta!

DICA 4: não faça currículos com mais de duas páginas
Digo isso por um simples motivo: NINGUÉM LÊ. Um examinador que tenha em mãos duzentos currículos para ler todos os dias não vai gastar o tempo com os quinhentos cursos que você fez e não acrescentam nada para o objetivo que você escolheu.
Como disse no início deste post, faça uma triagem, escolha e confie na sua decisão. Sabemos sempre o que é mais importante e o que não é. Adapte seu currículo de acordo com as empresas.

DICAS FINAIS: NÃO SEJA SEM NOÇÃO!!!
Ou seja:
- não trate o entrevistador por "apelidos". Por exemplo, meu nome é Cristiane. Não me chame de "Cris" se não houver consentimento. Não precisa me chamar de "Vossa Senhoria", também: bom senso!
- não ligue para o examinador se não houver orientação explícita para isso.
- não cobre "uma resposta": seja por email e -- PIOR -- por telefone. Aguarde sua vez. Se ela nunca vier, não era para ser.
- não faça piadinhas, especialmente as de mal gosto. Não se esqueça: a menos que você esteja concorrendo a uma vaga para uma Escola de Teatro, atuação improvisada só pode ser feita por aqueles que nasceram com essa habilidade. Não será numa entrevista de emprego que você vai colocar em prática o seu lado stand-up comedy!
- não pense que conseguirá uma vaga usando seu charme-olhar-43. Se não se tratar de uma empresa inidônea, não há teste do sofá!

DICA DE OURO:
Queridos colegas de profissão -- revisores, preparadores, tradutores, editores e afins: NUNCA, NUNCA, NUNCA deixem nenhum erro de português ou de digitação em seus currículos. É aí que você começa a vender seu peixe!!! Se você não o revisa, não o corrige e não o padroniza, que tipo de imagem você acha que está passando ao examinador, hein?

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Uma vez mais, estou à disposição para críticas construtivas. Compartilhei um pouquinho de minha experiência e espero que ela seja útil a vocês!

Dicas para criar um bom currículo para editoras - parte 1

Olá queridos leitores deste blogue! ;)

Conforme prometido, escreverei algumas dicas de como criar um currículo coerente e decente. É óbvio que não estamos falando daqueles modelos antigos de preencher que comprávamos nas bancas de jornal. Aquilo funcionou um dia e, ainda hoje, há quem pense que precisamos ter todas aquelas informações -- em geral, inúteis -- que só servem para encher linguiça e esconder o bom que há em cada um de nós.

Pensei em algumas divisões e tentarei ser o mais explícita e simples que puder. Mesmo porque, quando se trata de currículo, não há muito o que falar.

De início, queria esclarecer que não fiz nenhum curso e não tenho nenhuma formação técnica na área curriculística, de gestão de RH ou afins. Esse conhecimento (como quase todo conhecimento que possuo) foi puro aprendizado empírico e prático, ou seja, observei e testei.

Em uma época em que não havia muita internet disponível, eu acompanhava de perto a seção "Analise seu currículo" que vinha no caderno Emprego, todo domingo, na Folha de S.Paulo. Confesso que aprendi muita coisa de lá. Eram explicações simples, didáticas e extremamente esclarecedoras.

[Que fique bem claro que aqui não estou agindo como se fosse uma empresa contratada para entregar 10 candidatos para XYZ vagas. Estou compartilhando minha experiência pessoal dentro da área editorial.]

No meu primeiro emprego editorial, tive a única oportunidade de ser a responsável por selecionar currículos de candidatos a estágio para muitos chefes diferentes. Foram muitos currículos, muitos candidatos, muitas entrevistas, muitos micos, muitas situações constrangedoras.

No meu segundo emprego editorial também tive muitas experiências com sucesso. E com o aval do meu chefe que disse ter ficando impressionado com minha capacidade de análise crítica para selecionar bons perfis para cargos específicos. Modéstia a parte, eu concordo com ele.

No meu terceiro emprego, com menos sucesso (não de minha parte, claro), também fiz excelentes escolhas. Mas não tive tempo de colocá-las em prática, pois para preencher uma vaga, é imprescindível passar por todas as etapas (escolha, análise e teste) até chegar o momento de fazer uma escolha definitiva.

Então, quase dez anos depois, estou tendo a oportunidade novamente de analisar currículos. E eu confesso que é um trabalho de que gosto muito. Ao mesmo tempo, me dói demais, pois ainda continuo vendo coisas inacreditáveis. Considerando que estamos lidando com profissionais de letras (e áreas correlatas), é mais inaceitável ainda ver as coisas que costumo ver.

Por isso, vou dividir as dicas em dois tópicos gerais: o primeiro vai abordar a forma, a aparência, o design -- ou seja: o visual. O segundo post vai abordar a organização, as informações, a qualidade e a quantidade das informações -- o seja: o conteúdo.

Com estes posts, não quero ser melhor que ninguém nem determinar as regras do certo e do errado. Como disse no início deste post, vou tentar elucidar a questão coerência vs. decência. Então, profissionais da área de humanas (letras, editoração, tradução, revisão e afins) aí vai o primeiro post. Comentários, críticas, sugestões: fiquem à vontade para escrever.

DICA 1: NÃO USE CORES, BORDAS, EMOTICONS, IMAGENS DE POWERPOINT
A menos que você seja um BOM profissional que entenda bem de design, não use vermelho e azul como se estivesse copiando a lição de casa lembrando seus tempos de ensino médio. Também é muito feio usar imagens de telefonezinhos, envelopes para indicar emails. Pois muitas vezes, você pega esses símbolos de fontes que podem não estar no computador da pessoa que vai abrir seu currículo e o que acontece? Pau de fonte! Só fica um quadradinho que não quer dizer coisa nenhuma.
Não crie retângulos para cada item que você for escrever, nem dê destaque necessário a coisas que só são importantes na sua cabeça. Quando a pessoa vai ler o seu currículo, pode ter certeza de que ela não está interessada na sua capacidade de criar bordas e quadrados com sombreamento feito nos wordart do word.

DICA 2: USE FONTES SIMPLES E DA MANEIRA MAIS SIMPLES POSSÍVEL
Pelamordedeus: NÃO USE Comic Sans! Ninguém gosta de Comic Sans!!! Quer dizer, algumas pessoas até gostam; a questão é que você não vai querer ser um rebelde justamente na hora de criar seu currículo, certo? Não sabe que fonte usar, vai de Times New Roman mesmo! Arial é básico e ninguém reclama. Bom, uns reclamam porque gasta muita tinta para imprimir, mas em época de economizar papel, quase ninguém imprime currículos, então, vai na fé com a fonte Arial.
Pelamordedeus2: escolha uma única forma de destaque. Se você já usou negrito, pra quê usar itálico. E se você já cometeu o pecado mortal de negrito e itálico, pra quê colocar sublinhado??? Uma vez mais, essa necessidade de importância está só na sua cabeça. O que é importante é destacado de outra forma, não com o combo negrito + itálico + sublinhado!

DICA 3: NÃO MANDE CURRÍCULO COM FOTO!
A menos que você esteja concorrendo a uma vaga para modelo, comissária de bordo ou seja qual vaga for, ninguém quer saber que cara tem a preparadora freelancer. O examinador quer saber suas competências e, a menos que haja algum interesse obtuso, se alguma empresa exigir foto, certamente se tratará de racismo. Portanto, feio(a), loiro(a), etc etc: na área editorial ninguém precisa de foto no currículo!

DICA 4: IMAGENS EM BAIXA RESOLUÇÃO
Ou quaisquer imagens anexadas no currículo. Primeiro: a menos que você seja um designer (e no caso você mandaria um link para o portfólio online) não há necessidade NENHUMA de anexar nenhuma imagem no seu currículo. Maaaaaaas... se você considerar importante (mas precisa ser MESMO importante), por exemplo, colar as fotos dos jpegs das capas de todos os livros que traduziu/revisou, pelamordedeus: imagem com resolução, padronização no estilo das imagens e elegância ao colar e distribuir as imagens. O mesmo vale para as pessoas que têm microempresas com logotipo e tudo: insira o logotipo em alta, por favor. Imagem quadriculada/serrilhada/esticada só funciona se o seu logotipo for assim -- o que acredito que não deva ser.

DICA 5: SIMPLICIDADE NA CONSTRUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DAS INFORMAÇÕES
Um currículo é um résumé, ou seja, um resumo. Seja conciso. Não coloque bullets sem necessidade, não crie hierarquias e sub-hierarquias.  Não precisa escrever "CURRICULUM VITAE", simplesmente insira seu nome e seus dados principais. Seu currículo é um resumo não um fichamento de sua vida, certo?!
Outra coisa, NUNCA encha linguiça na hora de escrever seu currículo. NUNCA! Isso é chamar o selecionador de idiota e vai fazer com que ele descarte seu currículo mais rápido do que você imagina. "MENOS É MAIS" é o lema na hora de escrever seu currículo. Não adianta encher longas 6, 7 páginas se você nem tem o que o examinador está pedindo. Isso só vai irritá-lo e fazer seu currículo ser arrastado para a lixeira. 
Não se envergonhe de ter apenas UMA PÁGINA. Já cansei de ver currículos que impressionam com apenas uma página. Por que? Porque ali tem o que eu espero que a pessoa tenha e ela não precisa me enrolar com informações inúteis e mal-organizadas.

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Espero ter incluído todas as informações necessárias que possam esclarecer os aspectos visuais mais importantes. Caso estejam me taxando de brava e radical, apenas digo: a competição é grande, meus caros. Um currículo bonito não é aquele que tem florzinhas decalcadas e cores diferentes para cada tópico. A elegância de um currículo está em ser simples, direto, organizado e clean. Pois quando você lê mais de trezentos currículos e o 301º vem cheio de negritos e sublinhados, você nem quer saber se ele é bom ou não, você quase nem o lê.

Ainda esta semana escreverei a parte 2 falando de conteúdo. Aí a coisa pega... rs

A sina (ou bênção) das mulheres com voz grave

Primeiro post do mês de agosto!

Esses dias atrás, relembrei de uma história contada pela Isabella Taviani no último show no Sesc Ginástico. Aquele foi um show acústico, intimista, 'na madrugada', maravilhoso como toda show de IT pode ser. Mas, nesse dia, a contação de histórias estava solta. E uma dessas histórias foi quando um telemarketing qualquer ligou cedo para a casa dela. Ela tinha acabado de acordar... e todos nós sabemos como é a voz ao acordar: um horror.

Então a voz naturalmente mais grave (e que nem é tão grave assim...) de IT saiu mais grave ainda. E a pobre moça do telemarketing a chamou de "senhor". "SENHORA" pronta correção de Isabella. Mas a piada ficou. E eu ri muito porque eu sei exatamente o que é ter voz grave e como é sofrer com isso!!!

Aqui é algo engraçado. Mas, da minha parte, tenho de confessar que não é fácil chegar ao equilíbrio da autoestima quando o assunto é voz. Já contei vários tipos de bullying que sofri: do fato de ser japa é o principal deles. Ter voz razoavelmente grave foi mais um "agravador".

Eu me lembro que durante a adolescência não aceitava ter a voz que tinha. Não saberia, hoje em dia, precisar que tipo de tom era, mas sabia que não era "fininha" como a das menininhas.Talvez venha daí também o meu desgosto total por falar ao telefone.

E eu me lembro quando comecei a superar tudo isso. Lembro cada fato -- como se fosse ontem -- no exato momento em que impus a minha voz e vi que, sim, ela era grossa. Mas era minha. Era o meio pelo qual eu me expressaria para o mundo!

A primeira e mais marcante delas foi em algumas noites de karaokê no Japão. Ver minha voz ecoando em caixas acústicas me trouxe uma emoção e uma constatação de que ela era bonita! Ainda no Japão, eu gravava fitas k7 para mandar para a minha família. Ouvir o que tinha gravado era um exercício de percepção do que minha voz deveria significar para mim.

Alguns anos depois, eu gravaria versões caseira e acapella de músicas que gosto. E ouviria e ouviria depois... apenas para ter o prazer de me ouvir cantando. Meus desafinos e acertos. O contínuo exercício de ouvir minha voz, me aceitar e admirar a minha "impressão digital vocal".

A última vez, ainda nos idos de 1999, confirmou que fosse como fosse, a minha voz era minha, grave ou não, era eu. Num evento amador de lançamento de um livro editado e impresso comunitariamente com outras trocentas pessoas, cada fulano teve seus 5 minutinhos de fama no microfone. Era para ser legal, mas ninguém sabe falar em público. Voz maçantes, para dentro, etc etc. Ninguém mais dava bola para o que as pessoas estavam falando.

Quando chegou a minha vez, apenas disse "boa noite" e vi todos os rostos se voltarem para mim. Era isso! Era apenas isso! Não fosse minha voz grave, alta e bem imposta, eu seria apenas mais uma. E quem quer ser "apenas mais uma"?. Ali eu exorcizei quaisquer demônios que restassem em relação ao timbre de minha voz. 

Voltando a história da Isabella. Em um show (não lembro mais qual) ela comentou também já se sentiu insegura com a sua voz "grave". Se ela, que considero a mais bela voz do Brasil, passou por sentimento igual ao meu, pergunto: se houver alguém aí do outro lado da tela com o mesmo questionamento: mande todo mundo se danar!!! Voz fininha é chata de ouvir, dói o ouvido! rsrs Um timbre nunca deveria definir quem é uma pessoa. Todos têm prós e contras. 

Para finalizar este post, compartilho a mais bela canção do último cd de IT. Olha que bela voz "grave"... :)


Feliz aniversário 3.6 e show Isabella Taviani!

Dia 18 de julho está acabando mas ainda não acabou!

Muita coisa aconteceu entre ontem e hoje.

Ontem fui ao Rio de Janeiro, graças a uma folga concedida pela minha chefe. Eu precisava me dar esse presente de ver Isabella Taviani fazer um show meio-dia e meio, em uma plena quarta-feira, no charmoso teatro do Sesc Ginástico. E, obviamente, foi maravilhoso! Foi além de maravilhoso: IT e um violão, apenas, o público acompanhando sem gritaria e sem esperneio! IT fazendo uma versão maravilhosa de Ivete (música do primeiro cd) dez anos depois! IT anunciando gravação de dvd no Imperator! IT me abraçando... ah! E a Myllena e a IT cantando música inédita e mostrando a fina parceria? E a querida master Karla Rosalino que me doou um ingresso no meio da primeira fila. Sério? Tudo isso estava acontecendo???


Passei a tarde com Robertinha e Jeane. Elas me acompanharam até o cabeleireiro e eu pude cortar minha juba. Almoçamos. Depois eu e Jeane conversamos muito, comemos bolinho de aniversário. E eu fui vendo o dia morrer... Uma noite linda se iniciava! A cidade do Rio de Janeiro é meu segundo lar. Eu amo cada centímetro dessa cidade, mesmo os xixizentos!!! rsrs Amo a pressa calma do carioca. Até o calor! (tem ar-condicionado) Me sinto em casa no Rio de Janeiro. Quero muito voltar a morar nessa cidade, um dia.

Eis que o dia de hoje reservava a surpresa agradável dos meus companheiros de trabalho. Tenho o imenso privilégio de poder compartilhar a maior parte do meu dia com pessoas tão queridas. Ganhei bolinho, presentes... tudinho! Muitos e muitos parabéns por todos os meios de comunicação possíveis. Tanta energia boa confluindo... Um segundo e todas as atenções estão voltadas para mim. Confesso: eu gosto!!! rs

Uma antiga amiga me escreveu. Fiquei tão feliz!! Algumas pessoas que não imaginava que fossem se lembrar do meu aniversário (porque estão totalmente fora de facebook) me escreveram. Tudo isso apenas me faz pensar que a vida é eternamente cíclica. Um dia, estamos cá cheios de certeza supostamente finalizadas. Outro dia, a vida nos pega em cheio na surpresa inesperada, nos tirando de nosso eixo e nos mostrando, sim, ninguém tem razão. Apenas o amor tem razão!

Obrigada a todos que se conectaram a mim por um pequeno momento, neste dia tão importante para mim. Obrigada a todos e agradeço sinceramente, de coração, a todos os desejos. Um novo ciclo começa. E eu espero poder fazer diferente do que já fiz. Errar erros novos. Aprender novas lições!

E, obrigada, Isabella Taviani (mais uma vez!!!) por ser essa artista que é. Já falei isso aqui mil vezes e falarei outras mil, porque você representa muita coisa para mim. A sua voz, especialmente, é o meu maior bálsamo. Amo suas interpretações e a sua voz é a mais bela de todas, para mim. O show de quarta foi o melhor presente! 

Obrigada a todos e vamos seguir em frente com fé, força e amor!