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With a little help from my friends

Este post é exclusivamente para agradecer aos amigos especiais e únicos que têm sabido -- cada um a seu jeito -- estar ao meu lado neste momento da minha vida.

> Poliana: o que seria de mim sem você? Como eu conseguiria existir sem essa pessoa que me conhece mais do que a mim mesma? Você já passou de ser imprescindível em minha vida. E você é a única nesse sentido!

> Maria Helena: seu cuidado comigo nos momentos mais inesperados fez crescer a nossa amizade e estreitar nosso laço de confiança. Obrigada por ter me ouvido como ninguém o fazia há muito tempo!

> Fabi Lopes: loira querida, do seu jeito, você também tem sido surpreendente em minha vida!

> Cláudia Bertrani: sua frieza e sua rudeza, apesar de frias e rudes, têm me mostrado a importância desses anos de amizade virtual. Perca a timidez e me conheça agora! Rá!

> Jussimionato: impressionante como você se apresentou a mim, me oferecendo as palavras precisas, sendo que eu nem tinha pedido nada. Impressionante como temos esse laço invisível, ao longo de todos esses anos, que nunca sequer pensou em se romper! Muito pelo contrário. Obrigada por ter estar aqui!

> Jana: terminamos um ciclo, começamos outro. Obrigada por todos os abraços... aqueles que mais precisei. Pessoalmente e virtualmente. Quero sempre tê-la ao meu lado.

> Cris Barufi: Xará... esses anos todos de amizade provaram que você sempre esteve perto nos momentos mais delicados. Obrigada por sua amizade, ao seu estilo, mas sempre leal.

> Volkert: e depois de tudo... a nossa amizade. Obrigada por tudo, viu?


O que basta?

Muito silêncio, queridos leitores deste blogue, muito silêncio.

O silêncio tem me feito companhia. E os espaços abertos. Preciso de duas coisas agora: de silêncio e de imensos espaços abertos. Minha tendência à claustrofobia parece ter se acentuado diante de certas coisas que andaram acontecendo na minha vida. Reflexo e resposta? Não sei, pode ser. Talvez algum psicólogo de plantão queira meter o bedelho.

Tenho andado nas ruas tentando não entrar no ritmo desvairado da vida paulistana. Pessoas correndo, pessoas mal-educadas, pessoas ranzinzas, pessoas insatisfeitas. Hoje eu vi uma moça sorrindo tão lindo na rua... sorrindo sozinha. Pensei: "o que terá lhe acontecido?". Queria que aquele sorriso fosse meu e que a sua felicidade -- mesmo momentânea -- fosse minha. Foi um sorriso lindo, espontâneo que eu sorri junto com ela naquela hora, por vê-la tão leve e feliz daquele jeito.

Mas os sorrisos são raros entre as pessoas que correm de um lado para o outro. As pessoas -- eu me incluo -- andam cabisbaixas, querendo ter mais pressa que o outro. E aí, eu me perguntei, como invariavelmente faço quando minha lucidez me toma: "O que lhe basta?"

Para uns, basta um emprego com uma rotina. Basta um salário que pague as contas. Basta uma estabilidade que, de preferência, não mude. Sair com os amigos, esquecer do emprego ruim, fazer dívidas, comprar coisas. Trabalhar mais um pouco.

Para uns, basta ser ignorante. A ignorância é uma bênção... (uma frase que eu disse uma vez e já causou MUITA polêmica! rs) Para essas pessoas, não interessa saber o que acontece no mundo, se qualquer coisa que você faça vai afetar alguém, desde jogar o lixo no chão a desrespeitar a faixa preferencial. Para que imaginar se existe um mundo invisível se o visível já tá ruim o suficiente?

Para uns, basta viver e deixar viver... excesso de responsabilidades apenas torna a vida mais chata e incômoda do que ela já é.

Para uns a vida é apenas a vida... se tiver de ser, será, se não tiver de ser, não será...

Para uns a vida é apenas o amor e a dedicação a outrem. Ao amor, a família. Para uns, a vida é dedicação ao mundo.

Para outros, a vida não precisa de amor. Podem-se passar os anos... e mais anos... e mais anos. Se não tiver à altura, melhor não ter nada.

O que lhe basta? Para mim, eu sempre achei que bastava ser idealista, acreditar em mim mesma, ser aquilo que eu nasci para ser, estar ao lado de pessoas que me aceitassem como eu sou. Isso sempre foi felicidade para mim. Mas a felicidade é um conceito complexo que depende muito mais do tempo do que de qualquer outra coisa. E o tempo é uma entidade impalpável, incontrolável. Não temos botão de avançar, voltar ou pausar. O tempo acontece com a vida a cada instante. Você pode deixar para depois, mas o que estará perdendo no agora? Você pode esperar e curtir a ceva e a colheita, mas isso também não será passividade ou controle imaginário? Você pode pausar a vida e querê-la pausada por toda a sua vida?

O que lhe basta? Ter controle ou fingir que aceita o controle? Viver ou deixar viver? Ser feliz ou ir atrás da felicidade? Minha resposta, para agora, seria: me basta um pouco de paz. Paz para entender as perguntas sem respostas. As respostas sem perguntas. As coisas que acontecem sem explicação, com explicação. O carma, o darma. O mistério, a solução. Paz para tudo isso.

'Cause I've got to break free...