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Verdadeiros valores

Ontem foi um dia específico. E eu uso esse adjetivo porque não quero usar palavras para classificar isso que estou vivendo agora. É um momento específico de libertação, de reciclagem, de escolha, de autoconsciência. Porque uma coisa é clara: você faz escolhas na sua vida. Umas você percebe que eram equivocadas. Outras, por outro lado, precisam ser constantemente ratificadas. Então, eis que estou aqui ratificando a minha escolha mais uma vez.
E que escolha é essa? A escolha do caminho da Luz. E o que seria esse caminho? É o caminho que a grande maioria classifica como a dos chatos da autoajuda. E as pessoas se esquecem que autoajuda é autoconsciência. E que ser autoconsciente não é  motivo de vergonha. Por que deveria?

Temos a grande ilusão de que viver na ilusão é uma forma de ser feliz. Pode até ser. Você pode fechar os olhos para si mesmo e pensar que não encarar certas coisas como elas são é um jeito de viver. Você pode até fazer isso... mas, vai por mim: um dia a conta chega. E quando ela chega, vai estar acrescida de juros e correção monetária. Isso será punição divina? Muito pelo contrário! Isso chama livre-arbítrio.

Mais interessante desse "momento específico" que estou vivendo é que duas pessoas distantes e presentes na minha vida postaram textos parecidos que me auxiliaram a clarear ainda mais a visão. Mesmo em situações e contextos diferentes, claramente me serviram para mostrar algo: o MEU caminho. E eu estava fugindo do MEU caminho. Fugindo talvez seja forte demais... digamos que eu tenha meio que perdido desse meu caminho. Pior, de propósito.

Então, para ratificar as mesmas escolhas, escolhemos a mesma escolha diversas vezes seguidas... sem parar. Sem se esquecer. Sem deixar de sentir a alegria. Sem deixar o ego falar mais alto, achando que porque você sabe o seu caminho, você é melhor do que alguém. Ninguém é melhor do que ninguém.

Ainda estou abrindo os meus olhos outra vez. Eles ficaram alguns meses enevoados... no meio de tanta confusão emocional. Me perdi de mim mesma, do meu contato com a minha alma. Vou superar a autopunição com o amor que me é devido. E sorrir. E seguir. E nunca desistir.

Assim, dedico este post de hoje a essas duas pessoas que de forma tão distintas, me trouxeram essa lembrança... com muito amor: IT (que escreveu algo mas que prefiro não compartilhar aqui...) e a queridona da Nandah Meyrelles -- obrigada às duas. De coração. Prometo multiplicar infinitamente os sentimentos recebidos por vocês...

Eu raio X

Tava demorando para voltar a falar da minha única e querida cantora mais favorita de todos os tempos: Isabella Taviani. Qual a graça, também, deste blogue existir se eu não falar dela??!
Ontem (26/01) rolou uma twitcam com a IT falando sobre o novo álbum "Eu raio X".  O álbum está na fase final de mixagem e ela aproveitou para compartilhar trechinhos de algumas coisas e, praticamente, apresentar a faixa título do álbum inteira para os fãs.

Eu, como fã que vocês já sabem que sou, estou ansiosa por este novo trabalho. Me lembro quando acompanhei a gestação do "Meu coração não quer viver batendo devagar". Agora, posso ter o privilégio de acompanhar outro nascimento. E digo: tenho muito orgulho da artista Isabella que gosta de se reinventar, não se acomoda no sucesso e na fórmula fácil de fazer canções de sucesso. Ela sabe que suas canções serão sempre sucesso!
Enfim, segue aqui a mais atual foto de divulgação do novo visual de IT e um link para a twitcam, para quem tiver curiosidade de ver o rebento quase nascendo. Cada vez mais só tenho motivos para admirar, louvar e divulgar seu trabalho. Ao finalzinho do vídeo, a cantora gentilmente me manda um beijo. Beijo para vc, IT! Sucesso, glórias e felicidade neste 2012 para você!
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Olhos nos olhos

Culturalmente, somos nativos de um país em que conversar olhando nos olhos é sinônimo de sinceridade. Em outras, isso é visto como agressivo e mal-educado. Também, costumam dizer que os olhos são a janela da alma.

Ouvi gringos dizendo que brasileiros são muito intensos por gostarem de conversar olhando nos olhos. No Japão, onde morei por algum tempo, até se olha nos olhos, mas sempre um "meio olhar". E mulher sempre em nítida posição submissa em relação ao homem.


Também se ouve falar nesses cursos de RH sobre olhar nos olhos durante uma entrevista de emprego, na hora de um chefe conversar com seus subordinados e afins. Outro exemplo, um artista, quando está no palco, e olha para a sua plateia: você sabe que ele está olhando nos seus olhos.

Bom, isso tudo foi para dizer que tenho minhas sérias restrições quanto a conversar olhando alguém nos olhos. Explico. Eu acredito nesse negócio de olhos como janelas da alma e como portais para aquilo que a pessoa tem de bom e ruim dentro dela. Um simples olhar é capaz de demonstrar E de captar tudo isso.

Conheci várias pessoas com as quais simplesmente ERA IMPOSSÍVEL manter uma conversa olhando nos olhos. Vez ou outra, reencontro pessoas com esse perfil. Durante alguns longos meses da minha vida, fiquei sem olhar nos olhos de todas as pessoas com quem conversava. Motivos? Simplesmente porque eu não estava bem e porque não queria que ninguém adivinhasse o que se passava comigo porque, nessas horas, eu simplesmente não sei mentir.


Então, eis que reparo que voltei a gostar de olhar nos olhos das pessoas. Olhar ali... bem fundo. Como dizia uma grande amiga minha, eu sempre tive essa capacidade de "desnudar sem dizer nada, apenas olhando". Ela, que sempre se disse uma pessoa com "olhos de escudo" ficava constrangida com meu olhar... haha velhos tempos esses, ein? Se você, pessoa, estiver lendo este post agora, sabe que estou falando de você.

E, para finalizar, reitero: eu faço uma leitura gigantesca da pessoa apenas de olhar nos olhos dela. Infalível, sinto dizer. Raríssimas vezes, eu errei. Portanto... pergunta: você se arrisca me encarar? :)

ps: post despretensioso para este dia de frio e chuva, em pleno verão paulistano...

Do que é verdade...

Pessoas que só vivem para a caridade alheia me assustam. Não estou defendendo o egoísmo, eu simplesmente acredito no equilíbrio das ações.

Pessoas que falam e falam e agem tão pouco, ou quase nada. Quando agem, é para deixar a corda estourar no lado mais fraco. Bem, isso não é novidade,  mas é algo que ainda me assusta e me entristece. Coragem não é vociferar aos quatro ventos, mas é agir em silêncio, sem holofotes, sem reconhecimento, sem agradecimento público. Coragem é simplesmente ser.

Pessoas carismáticas me encantam em um nível inenarrável. Pessoas carismáticas e espontâneas então... espontaneidade e carisma são afrodisíaco raro. As pessoas gostam de caras pastéis, sentimentos pastéis, atitudes pastéis... tudo naquele mesmo tom semibege que não agride nem retrai, existe sem se destacar, passa despercebido até do próprio tom pastel em si. Observação: nada tenho contra tons pastéis, acho o azul bebê lindo. Mas confesso que sem o vermelho, o preto e o laranja a vida não teria graça.

O dia está bonito hoje. De um azul puro, pós-chuva, prenúncio de chuva mais tarde, brigadeiro cheio de nuvens salpicadas como torrões de açúcar caídos. Quero este mundo novo (mesmo com gosto de velho) que se reinventa. Esta é a vida. Esta é a verdade. Esta é a vontade. Este é o DESEJO.

A verdadeira habilidade de viver sem perder as esperanças, a crença, a singularidade, a honestidade, a inocência e a ingenuidade. Estou voltando a viver, simplesmente, outra vez.

Dos reflexos de um singelo sonho...

Os últimos dias trouxeram um sabor novo à minha vida. Reencontrei velhas amigas que não via algum tempo... me dispus ao novo, de forma nova, de coração aberto, sem muralhas, sem restrições. Claro -- mantendo sempre meu caráter e minha personalidade.

No domingo, sonhei com muitas pessoas do meu passado recente. E aquela enxurrada de perguntas... parecia tão inútil quanto tentar usar guarda-chuva nesses dias de temporais de verão em São Paulo. Então, decidi -- de novo e mais uma vez -- que era chegada a hora de dizer adeus a tudo que me faz mal. Algumas pessoas existem na sua vida apenas para lhe mostrar o caminho correto que você deve seguir. Sem elas, claro.

Encontrar com as amigas que encontrei me mostrou que no "mundo novo" ainda tem muita coisa velha que precisarei enfrentar. Os mesmos vícios, as mesmas manias... o mesmo ser humano distorcido de si mesmo que tenta desesperadamente se encontrar. E isso não me assustou. Ao contrário. Conhecer pessoas novas me parece ser tudo aquilo que preciso agora. Não para mostrar alguma coisa para mim mesma. Apenas para recomeçar tudo novo, de novo, com esperança nova, com coragem e com força: tudo aquilo que sou.

Então, que este pequeno e singelo sonho seja o marco definitivo de todas as escolhas que fiz, das que mudei, das que estou ratificando. Porque você só tem certeza de uma escolha quando faz a mesma escolha várias vezes. E o que eu escolhi? Ser eu mesma, sempre!